‘PCC vai destruir tudo’: presos divulgam fotos com facas na Máxima

Detentos pedem transferência

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Detentos pedem transferência

Na manhã desta quinta-feira (15), internos do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande divulgaram fotos em que ‘posam’ com facas artesanais. As imagens teriam sido feitas na tarde de quarta-feira (14), momentos antes do motim realizado por 33 internos, que pedem a transferência do estabelecimento, alegando serem ameaçados de morte.

As imagens foram encaminhadas via WhatsApp para o Midiamax. Além das fotos, a informação é de que, se os 33 presos que foram realocados ao Pavilhão IV não forem retirados de lá, “O PCC vai destruir tudo para matar esses caras no dia de visita”.

Conforme apurado pela reportagem, as imagens foram feitas dentro de uma cela do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, mas não há confirmação oficial de quando foram tiradas. Após o motim na quarta-feira, facas artesanais foram apreendidas dentro do presídio, mas os detentos que se disseram ameaçados informaram que existem mais armas escondidas.

Nesta quinta-feira, um detento já teria alertado agentes penitenciários que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) iriam ‘buscar’ os detentos que foram realocados para um pavilhão isolado. As ameaças não ocorrem só na Máxima. Dois presos do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) tiveram as ‘cabeças colocadas a prêmio’, por valores de R$ 55 mil e R$ 25 mil.

O presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Ailton Stropa, disse ao Midiamax que “Está tudo resolvido”. Segundo Stropa, presos serão remanejados, mas ele não informou se os detentos que estão sofrendo ameaças ou os supostos líderes do PCC. Além disso, não comentou qualquer reforço extra por conta das ameaças e disse que a partir do dia 20 os novos agentes penitenciários devem começar a atuar.

De acordo com Stropa, foi solicitado um reforço para a Polícia Militar, para o fim de ano, mas nada relacionado às ameaças e conflitos dentro do presídio.