Pais de menino torturado perderam a guarda por envolvimento com drogas

Eles são usuários de drogas e moradores de rua

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Eles são usuários de drogas e moradores de rua

Os pais do menino de 4 anos, que foi vítima de tortura pelos tios, uma mulher de 31 anos e homem de 46 anos, perderam a guarda dos 5 filhos. Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, os pais da criança são usuários de droga e moradores de rua. Além disso, eles faziam os 5 filhos, que são crianças, cometerem furtos e trocarem os produtos furtados por droga em bocas de fumo.

Informações colhidas pela reportagem do Midiamax dão conta que os tios conseguiram a guarda do menino em maio de 2015. Desde esta data, foi feito acompanhamento com assistentes sociais, para saber se ele estava se adaptando e se era bem tratado. Até novembro de 2015 o acompanhamento foi rigoroso e a suspeita é de que o casal tenha se envolvido com magia negra após esse período, quando pode ter começado a maltratar o garoto.

Ainda há informação de que os tios levavam a criança para fazer tratamento no fonoaudiólogo e também com psicóloga, já que ele não falava direito. Assistentes sociais e todas as pessoas que acompanharam o caso se mostraram surpresos e indignados com os fatos, pois nunca houve indícios de que os tios maltratassem a criança.

Segundo a casa abrigo, onde os 5 irmãos ficaram quando os pais perderam a guarda, a última a sair do abrigo foi uma irmã do menino. Testemunhas contam que o garoto, quando ia visitar a irmã, tinha medo de ter que voltar para o abrigo e dizia que queria a “mãe” dele, modo como ele tratava a tia. Além disso, ele era um garoto alegre e demonstrava muito amor e afeto pelos tios.

A guarda da criança pelos tios será revogada e a Justiça aguarda a investigação policial do caso, que está sob os cuidados do delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Além disso, exames de corpo de delito serão feitos, para determinar há quanto tempo o menino era torturado.

Segundo o abrigo, os irmãos do menino moram com outros familiares e toda a família deve ser observada e também ouvida sobre os fatos. O menino segue em atendimento médico na Santa Casa de Campo Grande e deve ser encaminhado posteriormente para o abrigo.