Mulher furtou 28 idosos na Capital e fingia ser ‘conhecida’ para aplicar golpes

Suspeita fingia que era conhecida das vítimas

Foi apresentada na Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos), no final da tarde desta quarta-feira (2), Ana Paula dos Santos Silva, 33 anos, suspeita de furtar e roubar 28 idosos, em diversos bairros da Capital. Segundo as vítimas, ela fingia ser uma pessoa conhecida para aplicar os golpes.

Conforme o delegado Reginaldo Salomão, responsável pelo caso, a vítima mais nova tem 74 anos e mais de idade tem 91. A suspeita só não conseguiu furtar três dos idosos, porque eles perceberam sua intenção, e ela acabou os roubando. “Ela pedia a carteira dos idosos para pegar um papel e anotar um número, por exemplo, e depois acaba furtando ou roubando”, explicou a delegado.

Como todas elas disseram que o ladrão parecia um homem, obeso e que conduzia uma motocicleta Yamaha Factor, de cor preta, ou seja, mesmas características passadas pelas outras vítimas, os policiais começaram a “ligar os pontos”. Depois montaram campanas em pontos estratégicos do Bairro Pioneiros, onde a maioria dos crimes aconteceram, para encontrar Ana Paula.

Algumas vítimas disseram que o ladrão também parecia mulher, porque tinha a voz fina. Por isso, os policiais ampliaram as buscas por homens e mulheres com as mesmas características que morassem na região. Nesta manhã, no bairro, os policiais avistaram Ana Paula passar e a seguiram.

Na Rua Padre Damião, abordaram ela em uma residência. Ela empurrou os policiais, mas um deles encontrou a corrente furtada de umas das vítimas pela manhã em um dos seus bolsos.

Dentro da residência também foram encontrados 50 tabletes de maconha, totalizando 4,3 quilos. Ana Paula disse que a droga não era dela e que estava guardando para um conhecido por R$ 300. Na casa também estava a companheira dela, Ana Maria do Nascimento, 46 anos, que também foi enquadrada por tráfico de drogas.

Ainda de acordo com o delegado, das 28 vítimas, seis reconheceram a mulher como sendo a autora dos crimes. Uma delas disse que Ana Paula estava armada e outras três falaram que ameaçava tirar algo da cintura.

Ana Paula tem passagens por furto e por roubo, inclusive foi colocada em liberdade em dezembro, ou seja, no mesmo mês em que começou a cometer os crimes. Já sua companheira, Ana Maria, estava evadida do regime aberto, em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, e já foi presa três vezes em menos de cinco anos por tráfico de drogas.

Ambas permanecem presas na Derf até irem para a audiência de custódia.