Mulher é presa por aplicar golpe para tratamento de falso câncer de filho
O filho da mulher sofre de esquizofrenia
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O filho da mulher sofre de esquizofrenia
Com o filho sofrendo de câncer e sem ter como manter seu tratamento no Hospital do Câncer de Barretos, Vera Lúcia Alves Penaves de 61 anos, recorria ás ruas. De porta em porta a mulher pedida ajuda para bancar as despesas com medicamentos para o jovem até que um dia, ele não resistiu à doença.
Sem ter como trazer o corpo do jovem para Campo Grande, mais uma vez, a mãe pediu a colaboração daqueles que se sensibilizassem com a história e aos poucos foi conseguindo arrecadar os mais de R$ 3 mil que precisava para o translado do corpo. Muitos ajudaram a mulher como podiam e todos os dias ela voltava com dinheiro para casa.
Na quarta-feira (29) a mãe de três filhos, duas meninas e um menino, foi até Jaraguari, ela já havia arrecadado R$ 350 quando equipes da Delegacia de Polícia Civil a encontraram e prenderam em flagrante. O motivo? Toda a história não passava de mentira, um golpe aplicado por meses em municípios próximos a Capital.
Segundo o delegado Antenor Batista da Silva Junior, responsável pelo caso, Vera vivia dos golpes. Moradora de Campo Grande, a mulher saia de casa avisando para a família que iria trabalhar como diarista, mas ai invés disso viajava para as cidades próximas, como Bandeirantes, Jaraguari e Sidrolândia para pedir dinheiro.
“O filho dela sofre de esquizofrenia. Ela usava a doença, mentia que era câncer e aplicava os golpes”, detalha Antenor.
O estelionato foi descoberto depois que a mulher pediu ajuda para um casal de Jaraguari. Ela contou que o filho passava por tratamento e recebeu R$100 para ajudar nas despesas. Antes de ir embora, a mãe deixou o número do celular e de uma conta para caso a família quisesse contribuir ainda.
No outro dia, a suspeita ligou para o casal e contou que o filho havia morrido e precisava de mais dinheiro para o traslado do corpo. Sensibilizadas, as vítimas depositaram cerca de R$ 300 reais para ela.
Segundo o delegado, depois da doação a suspeita falou para a vítima que viajaria no sábado e no domingo voltaria com o corpo do filho. Na data a mulher ligou para Vera para confirmar se havia dado tudo certo, mas foi informada que os documentos ainda não estavam liberados.
“No outro dia a vítima retornou a ligação, não foi atendido e quando foi, ficou sabendo que a estelionatária estava no aeroporto a caminho de Campo Grande. Na terça-feira ela ligou novamente e mais uma vez foi informada que o corpo ainda não estava liberado que a suspeita precisou voltar para Barretos. Foi ai que a vítima soube que era um golpe”, narrou o delegado.
A vítima contou a história para uma amiga, que já havia conversado com a mulher e desconfiado da calma diante da perca de um filho e das informações desencontradas. O caso foi parar nas redes sociais, onde várias pessoas relataram serem vítimas de Vera. A polícia foi acionada e na quarta-feira conseguiu prender a mulher.
De acordo com o delegado Antenor, com ela foi encontrado R$ 350, parte do dinheiro foi devolvido para as vítimas e a polícia também conseguiu impedir que uma professora depositasse na conta da mulher. Durante o flagrante os policiais ainda encontraram cartões da Caixa Econômica Federal, do Santander, do Bradesco e Sicredi no nome de Vera.
Agora, a polícia deve pedir a quebra do sigilo bancário da mulher para investigar a movimentação de dinheiro em suas contas, já que ela afirmou que não sabia quantos recebia por mês. Vera foi transferida de Jaraguari para Campo Grande nesta quinta-feira (30) e está no presídio feminino.
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