Os bandidos tentaram intimidar a família do policial
“Bateram forte no meu portão, minha filha acordou e falou: ‘Mãe você ta ouvindo?’. Nessa hora comecei a ouvir vários tiros”. O relato é de uma das mulheres dos quatro policiais militares que tiveram a casa cercada por integrantes da quadrilha responsável pelo furto de mais de R$ 1 milhão da agência do banco do brasil em Sonora, cidade a 351 quilômetros da Capital.
Por medo, a funcionária pública de 37 anos preferiu não se identificar, mas, ainda assim, contou detalhes dos minutos de terror que ela e os três filhos viveram na madrugada desta segunda-feira (18) para a equipe do Jornal Midiamax enviada para a cidade.
Por volta das 2 horas, a servidora ouviu baterem no portão. Ela contou que a filha mais velha, de 18 anos, terminou o namoro há pouco tempo e por isso achou que era o ex-genro. Assim que saiu para ver o que estava acontecendo, foi surpreendida pela filha, que também acordou com o barulho e perguntou se a mãe estava ouvindo.
Foi neste momento, segundo a mulher, que os tiros começaram. “Ouvi vários tiros, liguei para o 190, mas ninguém me atendeu, liguei para o meu marido, que estava de serviço com outros dois colegas, mas ele também não respondeu”, lembra a servidora, que só foi descobrir horas depois que o marido também estava encurralado no batalhão da Polícia Militar.
Desesperada, a mulher recorreu ao Facebook para pedir socorro e descobriu que a única agência do Banco do Brasil estava sendo assaltada. “Conversei com o rapaz que fez a postagem e com uma professora, que mora perto da minha casa. A minha vizinha contou que viu três homens armados andado na rua, seguidos por um carro”, relata a vítima.
Sem ter como ajudar, o rapaz só orientou: “Deita no chão e fica no chão com as crianças até parar”. Quando os tiros cessaram, um policial foi até a casa ver como a família estava e a irmã da vítima foi buscá-la. “Meu filho de 12 anos passou mal, não quero mais morar aqui, vou embora de Sonora, já avisei meu marido”, lamenta a mulher.
Segundo ela, outras três esposas de militares narraram que passaram pela mesma situação, na primeira hora desta segunda-feira.