Ela não procurou a polícia
Uma moradora em Coxim, cidade a 253 quilômetros de Campo Grande, recebeu, na quarta-feira (5) ameaças pelo Facebook depois de o filho ser confundido com o ‘pitboy‘ flagrado em vídeo espancando um jovem no dia 18 de setembro, na Capital. O filho da mulher, de apenas 13 anos, tem o mesmo nome e sobrenome do agressor.
Ao menos dois homens entraram em contato com a mulher para ameaçar o filho dela. Segundo relato da mãe ao site Edição MS, um dos suspeitos chegou a insinuar que ‘acertaria as contas’ com o menino. Ela imediatamente explicou que o filho não tinha qualquer relação com a tentativa de homicídio e que ele é apenas uma criança.
A mulher acabou não procurando a polícia, pois após a confusão os suspeitos de fazerem as ameaças pediram desculpas ao notarem o equívoco. Uma mulher chegou a divulgar o vídeo do espancamento no Facebook e marcou um perfil antigo do menino de 13 anos, o que também preocupou a mãe.
“As marcações estão sendo feitas em um perfil antigo do qual meu filho perdeu a senha e não conseguimos desativar até o momento, mas estou tomando todas as medidas para fazer isso, além disso, para evitar mais confusões até mudamos o sobrenome dele no perfil atual” explicou ela.
Em busca de uma solução definitiva, a cabeleireira postou um apelo em seu Facebook marcando o perfil antigo do filho e esclarecendo que ele não tem qualquer envolvimento com o crime. Ela esclarece ainda que nenhum morador de Coxim com o mesmo sobrenome de sua família tem parentesco com o jovem investigado.
O caso
Dois moradores em Campo Grande são investigados por tentativa de homicídio depois de espancarem um rapaz de 18 anos, com chutes e socos na cabeça, que teria urinado no carro de um deles na saída de uma festa, realizada na Vila Jacy.
O vídeo com as imagens do espancamento chegou até um policial no dia 20 de setembro, que identificou e localizou os ‘pitboys’, gíria usada para jovens normalmente fortes, praticantes de artes marciais, e que se envolvem em brigas.
O vídeo viralizou e foi compartilhado por diversas pessoas, não só em Mato Grosso do Sul, mas também, no Brasil, o que tem gerado uma onda de outros crimes como ameaças, difamação e injúria.
Os jovens envolvidos já foram ouvidos e o inquérito, aberto no dia 20 de outubro, tem prazo de 30 dias para ser concluído. Os agressores devem responder por tentativa de homicídio, crime que tem pena prevista de 6 a 20 anos.