Menina de 9 anos que desapareceu diz que sofria maus-tratos e vai para abrigo
Menina estava amedrontada com madrasta
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Menina estava amedrontada com madrasta
A menina de 9 anos que estava desaparecida não voltou para casa após ser encontrada na noite de sábado (9), em uma residência no Jardim Canguru, ao sul da Capital. Ela esteve desaparecida por mais de 24 horas e segundo a polícia ficou abrigada na casa de pais de uma coleguinha da escola, no mesmo bairro onde ela morava com o pai e a madrasta.
O delegado João Reis Belo, da 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande falou ao Jornal Midiamax sobre o desaparecimento da criança neste domingo (10). De acordo com ele, menina está agora em um abrigo e o caso será investigado pela Depca (Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente) e também encaminhado ao Poder Judiciário.
Segundo o delegado, a menina saiu da escola na sexta-feira (8) e foi direto para a casa da coleguinha. Ela pediu para ficar no local e foi abrigada pelos pais da outra criança, que de acordo com a polícia não tinham acesso a redes sociais ou televisão, portanto não sabiam que a menina era tida como desaparecida. Eles devem ser ouvidos posteriormente pelos investigadores da Depca.
Em um trabalho conjunto entre investigadores da 5ª DP, a investigadora Maria Campos – que é referência na localização de pessoas desaparecidas – diretor, coordenadora e orientadora do colégio, a menina foi localizada. Ela não tinha qualquer ferimento aparente, mas passará por exame de corpo de delito, procedimento padrão.
Maus-tratos
Quando foi encontrada, a menina disse que não queria voltar para casa. “Ela chorou bastante e disse que não queria voltar para a casa do pai de jeito nenhum”, afirmou o delegado. Segundo a autoridade, a criança afirmou que ama o pai e que não tem qualquer problema com ele, mas que era maltratada pela madrasta.
A menina denunciou que a mulher, que não teve nome ou idade revelados, a maltratava física e psicologicamente e pediu que não voltasse para casa. O pai disse à polícia que não sabia dos maus-tratos e nunca presenciou alguma agressão e queria levar a criança para a residência da família. No entanto, ele foi informado que a criança seria encaminhada a um abrigo, até que a Justiça decida o melhor lugar para ela viver.
A criança está saudável e a denúncia de maus-tratos será investigada pela Depca. O delegado João Reis disse ao Midiamax que não pode confirmar os fatos, pois ainda deverão ser ser feitos acompanhamento e investigação do caso.
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