Justiça solta tenente-coronel que matou marido major durante briga
Liberdade provisória foi concedida nesta terça
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Liberdade provisória foi concedida nesta terça
A Justiça concedeu na manhã desta terça-feira (19) liberdade provisória à tenente-coronel da Polícia Militar, Itamara Romeiro Nogueira, de 40 anos, que matou a tiros o marido, o major da PM Valdeni Lopes Nogueira, de 47 anos, no dia 12 de julho. O fato de Itamara ser réu primária e estar colaborando com as investigações pesou na decisão.
De acordo com o advogado da tenente-coronel, José Roberto Rosa, a decisão foi tomada pelo juiz Alexandre Tsuyoshi Ito nesta manhã, assim que o processo voltou do Ministério Público Estadual. “O Ministério Público devolveu pela manhã ao juiz que, para minha surpresa, analisou e já tomou a decisão”, diz o advogado.
A Polícia Civil assinalou a colaboração de Itamara com os trabalhos. “Após o fato, a requerente noticiou o ocorrido às autoridades e permaneceu no local até a chegada daquelas, ou seja, não empreendeu fuga para se eximir da devida apuração, sendo desnecessária a restrição de liberdade, nesta fase, para assegurar a instrução ou eventual aplicação da lei penal”.
O advogado destacou ainda que algumas condições favoreceram a decisão. “Ela é primaria, tem bons antecedentes, família constituída, domicilio certo e não há outro motivo que leve a crer que em liberdade ela venha atrapalhar as investigações ou que seja ameaça para a sociedade”, explica o advogado.
Ela está em uma sala especial do Presídio Militar. O advogado informou que só falta o alvará para ser levado ao local e proceder a soltura.
Como foi
O crime aconteceu na residência do casal, na Avenida Brasil Central no Bairro Santo Antônio. Segundo a polícia, os dois militares teriam se desentendido e durante a briga a tenente-coronel da Polícia Militar efetuou dois disparos contra do marido. Um deles atingiu o tórax da vítima, que morreu na sala de cirurgia na Santa Casa de Campo Grande.
Depois do crime, a policial permaneceu dentro da residência ameaçando cometer suicídio. Familiares de Itamara, a advogada e o comandante do 1º BPM (Batalhão da Polícia Militar), major Ajala, foram até o local e conseguiram negociar para que ela se entregasse.
Para colegas de trabalho dos policiais, o caso surpreendeu, já que o casal era considerado tranquilo. Itamara, que estava lotada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, foi descrita pelos amigos como uma esposa amorosa.
Posteriormente, surgiu a versão de que uma briga, envolvendo uma viagem que se iniciara no dia seguinte ao crime, teria sido o estopim de tudo. O advogado da oficial afirmou que, segundo ela contou, agiu em legítima defesa. Itamara passou mal, segundo o delegado apresentava sinais de violência e foi levada para uma clínica psiquiátrica após o fato.
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