Justiça ouve no dia 16 acusação contra pedreiro que matou mulher no HR
Advogado vai tentar Habeas Corpus para soltura do pedreiro
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Advogado vai tentar Habeas Corpus para soltura do pedreiro
No próximo dia 16 de março, testemunhas de acusação devem ser ouvidas contra o pedreiro, Wilson Lima, de 69 anos, acusado de assassinar a ex-mulher Vilma Lima, de 57 anos esfaqueada na frente do Hospital Regional em Campo Grande, no dia 6 de janeiro deste ano.
Após a audiência de acusação uma audiência de defesa deve ser marcada. O advogado de Wilson, Willian Wagner Maksoud Machado afirmou que deve tentar um Habeas Corpus para a soltura do pedreiro. “Tínhamos entrado com um pedido de revogação de prisão, mas foi negado. Agora depois desta audiência vamos tentar um Habeas Corpus, principalmente, por causa da saúde dele que está bem debilitada”, explica.
Ainda de acordo com Maksoud seu cliente não teria dito por que cometeu o crime, “Ele está muito abalado ainda, e por isso, não entrei neste mérito com ele”, fala. O pedido de Habeas Corpus será baseado na idade avançada de Wilson e também pelo problema de coração.
“Ele não está fazendo o tratamento adequado e toma os remédios controlados quando a filha consegue levar para ele”, diz. Wilson Lima está preso há três meses no Centro de Triagem de Campo Grande aguardando julgamento.
O homicídio
Wilson não aceitava o fim do relacionamento e no dia 5 de janeiro assassinou a ex-mulher, Vilma Lima, de 57 anos, na entrada do Hospital Regional de Campo Grande esfaqueada. Em seguida o pedreiro tentou se matar provocando um acidente, com uma carreta na BR-262.
Caminhoneiro e outra testemunha tentavam salvar o idoso, mas ao quebrarem o vidro do carro para retirarem Wilson de dentro, ele tentou se matar cravando uma faca no peito.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e Wilson deu entrada no Pronto Socorro no começo da noite como desconhecido e, posteriormente, uma das filhas o identificou.
Wilson, que é mestre de obras, não aceitava o fim do casamento. Ele estava há alguns meses separado de Vilma, que trabalhava com agendamento de internações e triagem de pacientes no Hospital Regional. Segundo relatos de funcionários do hospital, Vilma teria saído para buscar um remédio e encontrou Wilson no estacionamento, na entrada da unidade. Os dois começaram uma discussão e na sequência ele sacou uma faca e atingiu a vítima várias vezes.
Dados
De janeiro a outubro de 2015, a Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) registrou 3 feminicídios e 14 tentativas de feminicídios. Já foram atendidas 11.070 mulheres, uma média de 900 vítimas por mês, em um ano de funcionamento da Deam. Foram 2.444 medidas protetivas e 922 agressores foram presos.
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