Jovem é achado morto em córrego, um mês após ser absolvido pela justiça

Vítima, que tinha marcas de tiro, havia sido acusada de tráfico

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Vítima, que tinha marcas de tiro, havia sido acusada de tráfico

Foi encontrado morto nesta segunda-feira (4) em Dourados, a 228 quilômetros de Campo Grande, João Paulo Vieira, de 25 anos. Ele havia sido absolvido de acusação de tráfico de drogas há menos de um mês. O corpo do jovem foi visto por um casal boiando no Córrego Água Boa, próximo à Rua Barão do Rio Branco, na Vila Cachoeirinha, e tinha marcas de tiros na cabeça.

No final da manhã de hoje, a PM (Polícia Militar) recebeu denúncia de que um corpo estava boiando no córrego. Ele foi visto por um casal que pescava na região. Acionada, a perícia técnica da Polícia Civil identificou a vítima que, segundo a própria família, estava desaparecida desde quinta-feira da semana passada, dia 30 de junho.

Morador na Sitioca Campina Verde, João Paulo Vieira tinha marcas de tiros – dois no rosto e um na nuca. Próximo ao corpo havia uma coberta, que os investigadores acreditam ter sido utilizada para enrolar o corpo antes de ser desovado no córrego, já que havia marcas de sangue nela.

O Jornal Midiamax apurou que 12 dias antes de desaparecer, conforme o relato da família, o jovem encontrado morto hoje havia sido inocentado pela Justiça da acusação de tráfico de drogas. No dia 18 de junho o juiz Rubens Witzel Filho, da 1ª Vara Criminal, assinou a sentença na qual considerou João Paulo inocente das denúncias apresentadas pelo MPE (Ministério Público Estadual) no dia 30 de março de 2015.

João Paulo Vieira havia sido preso em flagrante no dia 22 de fevereiro de 2015 em uma casa na Vila Cachoeirinha. Nessa oportunidade, policiais que monitoravam o imóvel suspeito de ser uma “boca de fumo” encontraram 40 papelotes de pasta-base de cocaína, que pesaram 43g e três porções com 1,180kg de maconha, além de um revólver calibre 38 com oito munições intactas e uma deflagrada.

No entanto, no decorrer do processo, um menor de idade apreendido nessa mesma ocasião assumiu a posse da arma e dos entorpecentes. Somados a essa confissão, depoimentos colhidos durante a investigação apontaram que João Paulo era apenas um usuário de drogas que comprava nesse local. O próprio MPE reconheceu não dispor de elementos suficientes para a acusação e por fim pediu a absolvição do jovem, o que foi acatado pelo juiz do caso.

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