Jovem acusa candidato a vereador de estupro e suspeito nega acusações

Caso está sob investigação

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Caso está sob investigação

Um candidato a vereador de Anastácio, distante 134 quilômetros de Campo Grande é acusado de ter estuprado uma jovem. O caso foi divulgado nas redes sociais. A família da suposta vítima registrou um boletim de ocorrência. O suspeito nega a acusação e a Polícia Civil do Município investiga.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais depois que a irmã da jovem publicou uma foto do vereador Marcelo Félix Nunes, de 46 anos, candidato a vereador do município pelo PV (Partido Verde), afirmando que ele entrou na residência da família e violentou a jovem que estava em casa com o filho de um ano. 

À equipe de reportagem do Jornal Midiamax, de 17 anos, diz que o candidato a vereador esteve na residência na manhã da última quarta-feira (21), divulgando sua candidatura e que à tarde retornou ao local, invadiu à casa e a violentou.

“De manhã ele veio, distribuiu os santinhos, conversou comigo e com a minhã mãe. À tarde eu estava tomando tereré com meu amigo na frente de casa quando ele chegou. Meu filho dormiu, eu entrei para colocá-lo no quarto e recolher a roupa. Nisso, ele entrou fechou a porta do quarto e me ameaçou falando que se eu não fizesse o que ele queria, ele acabaria com quem eu mais amo, que é o meu filho”, relata.

A jovem destaca ainda que depois de um tempo, o irmão mais novo chegou, ouviu gritos e tentou abrir a porta, mas não conseguiu e foi pedir ajuda na casa de outra irmã, que mora próximo do local. “Meu irmão não conseguiu e foi chamar minha minha irmã, nisso ele aproveitou e fugiu”, ressalta.

Conforme a jovem, à noite o suspeito retornou à casa da família onde participou de um culto promovido pela mãe dela. Depois que ele deixou o local, a irmã decidiu relatar o caso. 

“Ele veio e ficava me encarando, olhando feio. Antes de acabar o culto ele fugiu. Depois minha irmã chamou minha mãe e contou tudo. Não disse nada antes porque fiquei com medo”, frisa. No dia seguinte, a jovem e a família registraram o caso na Delegacia de Polícia do Município.

“Eu quero justiça. Estou revoltada. Esse homem entrou no meu quarto e fez toda essa barbaridade na minha casa. Se isso não é crime, não sei o que é”, desabafa a mãe da jovem, uma senhora de  50 anos.

O candidato, por sua vez, nega às acusações e diz que se pronuncia apenas por meio do advogado. “Essa história está totalmente destorcida. Meu advogado pode falar melhor sobre isso”, finaliza.

O advogado, que preferiu não ter o nome divulgado na matéria, defende que o cliente mantinha um relacionamento com a vítima há cerca de três meses e que foi vítima de armação política.

“Eles já mantinham um relacionamento amoroso e nesse dia, ela o chamou para um lugar mais reservado quando ele esteve na casa dela pela manhã apresentando as propostas políticas, mas ele disse que não poderia, então, ela pediu que ele voltasse à tarde. Quando ele votou ela o convidou para entrar eles se beijaram, namoraram um pouco, mas não chegaram a ter relação. Apresentei todas as provas à polícia e o exame de corpo de delito vai comprar que não houve abuso. A irmã dela é candidata também, isso tudo foi arquitetado”, justifica.

O delegado Antônio Souza Ribas Júnior, responsável pelo caso, explica que não houve flagrante e que os envolvidos devem prestar esclarecimentos nesta segunda-feira (26). “Não foi situação de flagrante porque a vítima não registrou o caso em seguida, mesmo tendo condições de fazer isso. Então vamos ouvir todos os envolvidos e testemunhas a partir de amanhã”, explica.

Questionado sobre o motivo pelo qual a vítima não passou pelo exame de corpo de delito, o delegado diz que o procedimento é feito conforme o horário de expediente do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). “Esse ja é outro departamento, não tenho como responder por isso, mas sei que ela já está com o pedido e fará assim que possível”, assegura.

A família afirma não ter cópia do boletim de ocorrência e diz que espera que o documento seja entregue na próxima terça-feira (27), quando a jovem deve passar pelo exame de corpo de delito.

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