Funcionário é baleado por conta de dívida do patrão com restaurante

De joelhos, ele pediu para viver

Um rapaz de 26 anos foi baleado pelo proprietário de um restaurante ao ir até o local para buscas marmitas na manhã desta segunda-feira (28), em Campo Grande. A confusão teria sido motivada por uma divida de R$ 17 mil entre as empresas. A vítima chegou a ajoelhar e implorar por sua vida, mas ainda assim, levou um tiro na perna.

Para a polícia, o jovem contou que trabalha na construtora do pai e que há aproximadamente quatro meses fechou negócio com um restaurante do Jardim Itatiaia para fornecer almoço aos funcionários da empresa.

O proprietário do restaurante, de 49 anos, chamou a vítima e apresentou um novo valor para a dívida. Como não tinha como pagar, o rapaz afirmou que procuraria uma maneira melhor de quitar o débito. Irritado, o suspeito entrou no carro do jovem, um Volkswagen Polo, alegando que pegaria o veículo como pagamento.

Depois de explicar que o carro era particular e não da empresa, a vítima tirou o empresário do Polo e percebeu que sua carteira havia sido roubada pelo homem. Segundo o registro policial, o suspeito entrou para casa, enquanto o rapaz permaneceu na frente do estabelecimento pedindo para a mulher e as filhas do suspeito devolverem a carteira.

Foi neste momento, de acordo com o rapaz, que o autor saiu da residência com um revólver e apontou a arma para sua cabeça. A família do homem, que estava no local, pediu para ele desistir do crime, mas o suspeito apontou a arma para o tórax do rapaz.

A vítima então ajoelhou e implorou para não ser morto, mas ainda assim, o empresário disparou contra a perna do desafeto. O tiro atingiu a altura do joelho do rapaz e o tiro transfixou sua perna. A esposa dele, que também estava no local, o socorreu enquanto o autor fugia.

Conforme a vítima, a família do suspeito ainda tentou impedir que ele fosse socorrido. A mulher do rapaz o levou para o Upa Leblon. Depois de ser atendido, o rapaz foi até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, onde o caso foi registrado como lesão corporal dolosa.