Fato não foi confirmado

Na manhã desta quinta-feira (28), protestaram na Praça Ary Coelho, no centro de , familiares de presos que cumprem pena no Presídio de Segurança Máxima. As famílias protestam e denunciam que os detentos foram agredidos no dia 13 durante revista em celas e que as visitas do fim de semana seriam canceladas.

Maria Luzeilda, de 31 anos, mulher de um interno da Máxima, conta que no dia do ‘pente-fino', os agentes penitenciários teriam entrado no presídio às 15h30, gritando e jogando spray de pimenta nos presos, que assistiam futebol nas celas. “Eles reviraram todas as coisas deles, quebraram pertences e meu marido foi machucado”.

A mulher do detento confirma denúncias de que os presidiários foram machucados durante a revista nas celas, conforme também divulgado pelos próprios presos em vídeo, e que não receberam qualquer atendimento médico ou remédios. “Tem preso morrendo por falta de atendimento”, afirma Maria.

Elida Velasque, de 46 anos, mulher de um detento que há 10 anos cumpre pena na Máxima por tráfico de drogas, denuncia que os agentes penitenciários teriam intenção de suspender as visitas do fim de semana dos dias 30 e 1º. “É um direito nosso, me sinto bastante humilhada e triste com essa situação”, afirma.

A mãe de um detento, que se identificou apenas como Raquel, não quis informar o motivo pelo qual o filho cumpre pena, mas ele está na Máxima por ter descumprido o regime Semiaberto. “Ele está machucado nas mãos, depois da vistoria ele não recebeu atendimento”, afirma. Raquel ainda diz que os detentos estão sem água e que a comida que recebem é estragada. “Também cortaram o banho de sol”, conta. O filho dela está no presídio há 3 meses.

As familiares são responsáveis por enviarem abaixo-assinado para a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), com depoimentos de aproximadamente 200 presos sobre suposto abuso por parte dos agentes penitenciários. Os agentes paralisaram as atividades de rotina desde segunda-feira (25), enquanto aguardam resposta do governo por melhorias de segurança no trabalho. Outras 8 cidades também aderiram à paralisação.

O (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária) nega o cancelamento e afirma que, por hora, as visitas serão mantidas.