Agora o caso é tratado como homicídio doloso
A reconstituição da morte de Klézio Ravel Paiva Fuzeta, 39 anos, que seria feita nesta terça-feira (25) foi cancelada depois que a polícia Civil descobriu a família vendeu móveis e retirou objetos da vítima da casa onde o crime aconteceu, no Coophavila II. O homem foi encontrado com um tiro na cabeça no dia 24 de setembro e na data, sua ex-namorada, agora indiciada como autora do crime, afirmou que ele teria se matado brincando de ‘roleta-russa’.
A reprodução da cena seria realizada para esclarecer a autoria do crime, já que mesmo negando ter matado o companheiro, Arlene Muniz Elias, de 29 anos, é a principal suspeita do homicídio.
Inicialmente, ela foi presa e teve a prisão preventiva decretada por induziu ou auxiliou o suicídio’, mas com a conclusão dos laudos o crime passou a ser tratado como homicídio doloso, quando há intensão. Os exames pontaram sinais de pólvora, do revólver calibre 22 encontrado com a vítima, nas mãos de suspeita, que no dia do crime.
Além disso, os laudos também mostraram que pelo ângulo de entrada e saída da bala não era possível que Klésio tenha efetuado o disparo. Com a reconstituição, a intenção era esclarecer detalhes do crime, mas mesmo com o cancelamento da ação, já que o local em que tudo aconteceu foi desconstruído, as investigações não devem ser prejudicadas.
“Temos provas suficientes para a condenação da suspeita”, afirmou o delegado responsável pela investigação, Edemilson José Holler, da 6ª delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. De acordo com ele, caso necessário, o MPE (Ministério Público Estadual) pode pedir a reconstituição durante a instrução criminal.
Arlene, conforme as investigações, teria cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento com Klésio. Ela foi denunciada pela MPE e continua presa.
Entenda o caso
Após os bombeiros chegarem na casa e constatarem o óbito, equipes da Polícia Civil e Perícia foram acionadas, além do SIG (Setor de Investigações Gerais). A casa foi isolada e vizinhos contaram que acham a história estranha. Eles afirmam que o homem chegou em casa com a namorada por volta das 5 horas e teriam discutido. “Foi uma briga feia, ouvimos os gritos e também ela o agredindo”, contou uma testemunha que preferiu não se identificar.
Vizinhos ainda contaram que logo após o tiro, a namorada saiu da casa gritando que não tinha sido ela quem atirou. O homem morava com a filha, que ainda é criança, e era tido como um ‘paizão’ pelos familiares, que desde o dia do assassinato não acreditavam na versão da suspeita. A menina não estava na residência na hora do crime.