Estado está sobrecarregado na defesa das fronteiras, afirma Barbosinha
PF e Exército podem ajudar no policiamento na região
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PF e Exército podem ajudar no policiamento na região
Depois da morte do investigador Aquiles Chiquin Júnior, o secretário de Estado de justiça e segurança pública de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSB), reforçou a necessidade da participação efetiva do Governo Federal para retomar o controle da fronteira. Nesta quarta-feira (15), o secretário admitiu não tem como arcar sozinho com a segurança na região.
Diante do assassinato brutal do policial civil, Barbosinha reconheceu que o Estado tem feito as vezes da União, já que a responsabilidade do policiamento na fronteira é do Governo Federal. Na tentativa de apoio, o secretário se reuniu com o superintendente da Polícia Federal, Ricardo Cubas Cesar, pedindo ajuda especialmente na situação de Paranhos e do conflito entre índios e fazendeiros em Caarapó.
Para o Barbosinha, o principal problema na fronteira é o narcotráfico e contra isso não tem como lutar sozinho. “O que pode ser feito, está sendo feito. Tanto que Mato Grosso do Sul é campeã disparado no número de apreensões de droga, o que acarreta a outro problema: a superlotação carcerária com traficantes de outros estados” defendeu.
O secretário também não descarta a participação do Exército para reforçar a fronteira do Estado. Na próxima semana, Barbosinha deve se reunir com o comandante do CMO (Comando Militar do Oeste), General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, para pedir a extensão e aumento de ações da Operação Ágata para o sul do Estado.
Em busca de soluções definitivas, o secretário recorreu a Celso Perioli, possível nome para assumir Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública). Na conversa foi prometido não só o envio imediato de tropas da Força Nacional ao Estado como também a criação de uma “política pública de segurança na fronteira diferente da forma que é feita hoje”.
Investigações
Policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), da Polícia Militar, do Garras e delegados especializados na investigação de crimes como a morte de Aquiles, foram enviados para Paranhos.
Segundo o secretário, todas as hipóteses sobre o crime serão avaliadas, incluindo a que o homicídio seja retaliação a mensagens postadas por policiais no Facebook. Para a equipe do Jornal Midiamax, Barbosinha afirmou que os conflitos entre grupos para comandar o narcotráfico na cidade, são preocupantes.
De acordo com a Polícia Civil o Delegado-geral Marcelo Vargas acompanha o caso de perto e oito delegados, que contatam com o apoio da polícia paraguaia, estão na região para investigar o caso.
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