Envolvidos em latrocínio são presos, mas mentor segue foragido

‘Bimbim’ ainda não foi identificado

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‘Bimbim’ ainda não foi identificado

Vinte e cinco dias após a morte de Carlos Guilherme dos Santos Bertoldo, de 30 anos, dois envolvidos foram presos. William de Jesus Souza, de 22 anos, e Anderson Ricardo de Arruda Silva, de 27 anos, já haviam sido identificados pela polícia, que aguardava liberação do mandado de prisão por parte do Judiciário, os quais foram expedidos na quarta-feira (17).

De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, Anderson foi preso na noite de quarta-feira, em casa, no Jardim Carioca. Já William procurou o advogado e se apresentou na delegacia na quinta-feira (18). Os dois ficaram detidos na Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) e, nesta sexta-feira (19), foram encaminhados para o presídio.

Além de Anderson e William, um adolescente de 16 anos também estaria envolvido no crime. Ele foi ouvido como testemunha e a Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude), junto com a Vara da Infância e Juventude, decidirá se ele deve ou não ser apreendido. Apesar das prisões, o mentor do crime ainda não foi identificado.

Bimbim

Segundo o delegado Salomão, no dia em que foi detido e prestou depoimento, William informou que o mentor do crime seria um homem conhecido como ‘Bimbim’. O suspeito é de Cuiabá (MT) e veio para a Capital com a intenção de roubar duas picapes e levá-las para a cidade de origem, onde venderia cada uma por R$ 6 mil.

O mentor do crime convenceu os jovens a participarem do crime, mas fugiu após o latrocínio, roubo seguido de morte, e não foi identificado, já que nenhum dos envolvidos sabe o nome ou sequer conhecia o suspeito.

Versões contraditórias

Durante o depoimento, William ainda confirmou que foi o autor do tiro que atingiu e matou Carlos Guilherme. Em primeiro testemunho, ele contou que após abordar o motorista e a esposa e os dois descerem do veículo, ele teria tentado colocar a mulher novamente no carro, fato também afirmado pela viúva de Carlos.

No entanto, após procurar um advogado, William mudou o testemunho e alegou ter agido em legítima defesa. O fato não foi confirmado pela polícia, por conta dos laudos periciais, confirmando que, caso tivesse agido em legítima defesa, o tiro que atingiu Carlos deveria ter sido disparado de uma distância menor.

Latrocínio

Os quatro suspeitos, que estavam em duas motocicletas, acompanharam a picapeí das vtimas, até o ponto de ônibus em que Carlos estacionou, pois a esposa dele iria pegar um transporte até Aquidauana. Os assaltantes abordaram as vítimas e, a princípio, Carlos teria concordado em entregar o veículo e desceu da picape com a mulher.

Segundo William e também de acordo com relato da viúva de Carlos, apenas o rapaz de 22 anos estava armado. Bimbim tentava tirar apenas a chave da picape do molho de chaves entregue pela vítima, mas teve dificuldades. Neste tempo, William teria tentado colocar a mulher dentro da picape novamente, para levá-la após o assalto, momento em que Carlos reagiu.

De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, quando a vítima viu William tentando colocar a mulher dentro da Strada, pegou uma faca que estava no veículo e desferiu o golpe que acertou o braço do jovem. William disparou 4 vezes, mas não atingiu Carlos e saiu correndo. Em determinado momento, ele olhou para trás e deu o último disparo, atingindo o peito da vítima, que acabou morrendo no local.

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