Defesa quer tirar da cadeia coronel que matou marido major

Ela está no Presídio Militar 

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Ela está no Presídio Militar 

O advogado José Roberto Rosa, que faz a defesa da tenente-coronel da Polícia Militar Itamara Romeira, presa pela morte do marido, o major Valdenir Lopes Pereira, de 47 anos, disse que depois que sua cliente for ouvida, vai solicitar à justiça uma medida alternativa à prisão.

“Vou analisar os depoimentos que já foram colhidos e esperar elas prestar os esclarecimentos para pedir ao juiz competente uma medida alternativa à prisão, pelo estado de saúde dela até cabe prisão domiciliar”, explica.

Na tarde desta quinta-feira (14), a tenente-coronel se apresentou na 7ª Delegacia da Polícia Civil. Ela será ouvida pelo delegado Cláudio Zotto, responsável pelas investigações.

De acordo com o advogado de Itamara, ela manifestou o interesse de ir a delegacia prestar esclarecimentos sobre o que aconteceu no dia do crime. Ele contou que nas últimas 48 horas ela foi medicada e recebeu acompanhamento médico. “Hoje ela se sentiu melhor e quis vir falar com o delegado”, afirmou.

Sobre a linha de defesa, José Roberto afirma que vai aguardar todos os depoimentos, porém, ressalta que o caso tem “indicativos de legítima defesa”.

A tenente-coronel está presa em uma sala especial do Presídio Militar. No local não há mulheres presas e Itamara é vigiada por policiais mulheres. 

Caiu a ficha

O advogado afirmou também que hoje teria “caído a ficha” de Itamara. “Ela começou a se dar conta de tudo o que está acontecendo e demonstra bastante preocupação com a filha”, revela.

O advogado contou ainda que a tenente-coronel reafirmou o comportamento “agressivo” adotado pelo major Valdenir.

Relembre o caso

O crime aconteceu na residência do casal, na Avenida Brasil Central no Bairro Santo Antônio. Segundo a polícia, os dois militares teriam se desentendido e durante a briga a tenete-coronel da Polícia Militar efetuou dois disparos contra do marido, um deles atingiu o tórax da vítima. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminhou o major para Santa Casa.

Depois do crime, a policial permaneceu dentro da residência ameaçando cometer suicídio. Familiares de Itamara, a advogada e o comandante do 1º BPM (Batalhão da Polícia Militar), major Ajala, foram até o local e conseguiram negociar para que ela se entregasse.

Para colegas de trabalho dos policiais, o caso surpreendeu, já que o casal era tranquilo. Itamara, que estava lotada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, foi descrita pelos amigos como uma esposa amorosa.

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