PMA encontrou armazenamento ilegal de agrotóxicos

A PMA (Polícia Militar Ambiental) continua fazendo autuações em propriedades de várzeas e nascentes do Rio da Prata, em Jardim e , região sudoeste do Estado. Nesta quinta-feira (23), um arrendatário da Fazenda Figueira foi multado em R$ 4,4 mil por armazenamento ilegal de agrotóxicos. As multas nas cidades já alcançam R$ 17 milhões.

No dia 17, um arrendatário da fazenda Figueira, localizada no município de Jardim, a 65 km da cidade de Bonito, foi multado em R$ 3,3 mil por armazenamento ilegal de agrotóxicos e embalagens, mesmo problema foi encontrado hoje. Desta vez, a PMA aplicou multa de R$ 4 mil ao agricultor arrendatário, de 30 anos.

Ele armazenava embalagens e agrotóxicos em um barracão construído em madeira, o que é proibido. Ainda segundo a PMA, também não havia sinalizações, rótulos de riscos e outros cuidados ambientais, contrariando as normas técnicas e a legislação ambiental, bem como a bula dos próprios produtos perigosos. Além disso, não havia sistema contra riscos de contaminações em caso de vazamentos.

As atividades foram interditadas. O arrendatário da fazenda, residente em Jardim, foi autuado administrativamente e multado em R$ 4.000,00.  Ele também responderá por crime ambiental e poderá pegar pena de um a quatro anos de reclusão pelo armazenamento e utilização irregular de agrotóxicos. Ele também foi notificado a realizar a destinação adequada das embalagens e a construir o armazém dentro das normas legais.

Vistorias continuam

Os levantamentos da PMA continuarão nas demais propriedades suspeitas de irregularidades. São levantamentos terrestres, por imagens de satélites, fotografias e vídeos aéreos, no sentido de se levantar as ilegalidades e avaliar os danos ambientais, para a aplicação inicial das multas administrativas, que serão julgadas pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), bem como para subsidiar a parte criminal e para servir de base para o Ministério Público, em possível ação civil pública para a reparação dos danos ambientais.

Até hoje, cinco fazendas já foram autuadas. Em uma delas, a multa chegou a R$ 13 milhões e em outra fazenda, do prefeito de Bonito, Leonel Lemos de Souza Brito, conhecido como Leleco, a multa foi de meio milhão de reais.