Delegado disse que não tem dúvidas sobre suicídio

Os funcionários da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Universitário serão intimados para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de coação, feita por Francis Giovani Celestino, de 31 anos, alguns dias antes de cometer suicídio. No registro policial, o médico descreveu que estava sendo coagido para trabalhar além do seu horário, e que a situação se repetia com os demais profissionais. A esposa dele também será intimada.

O titular da 6º delegacia de Polícia Civil, Edmilson José Holler explicou que não há dúvidas sobre o suicídio, mas agora precisa apurar as causas que o levaram a fazer isso. “No local do crime não havia marcas de outro veículo e a chave do carro estava guardada no bolso dele. O exame de balística também comprovou a tese. Agora só precisamos saber se realmente aconteceu alguma coisa antes, que possa ter motivado o suicídio”, disse.

O médico registrou o B.O. no dia 12 de janeiro, alegando que era obrigado a trabalhar durante os horários de descanso, e que outros colegas também estavam na mesma situação. Dez dias depois, Francis foi encontrado morto dentro de uma BMW, com o tiro na cabeça.

Ainda segundo o delegado, a policia tem 30 dias para concluir o inquérito.

Sindicância

A prefeitura de informou que vai abrir uma sindicância para apurar possíveis coações contra servidores nas UPAs de Campo Grande. A abertura deve ser publicada até está terça-feira (26) no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).