Casal não tinha histórico de violência, diz assistente social

A criança, de 4 anos, torturada que foi resgatada pelo Conselho Tutelar, na noite desta terça-feira (23) teria ficado sem as visitas das assistentes sociais durante 60 dias depois do sumiço da tia do menino.

De acordo com a assistente social da Casa Abrigo, onde estava o menino, as visitas dos assistentes eram regulares durante os seis primeiros meses. “A criança era visitada uma vez por mês durante. A última vez que vimos à tia e o menino foram em dezembro em uma reunião, depois disso, ela sumiu e não atendia as ligações”, explicou à assistente.

Ainda de acordo com a assistente social a informação é de que a mulher estaria em Aquidauana, onde mora sua mãe, que também pratica rituais de ‘magia negra' como fala a assistente.

Depois do retorno da tia para em fevereiro foi feita a visita a família, onde foi constatado as lesões no menino, que primeiramente foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonio, e posteriormente, levado para a Santa Casa da Capital.

A assistente social afirma que o casal parecia uma família tradicional, pai, mãe e filhos e demonstravam muito carinho pelo menino. “Eles (casal) não tinham histórico de violência, de álcool. Não tinha nada de agravante que impedia a ida da criança para a companhia deles”, diz.

Ainda de acordo com informações, a tia do menino teria dito aos policiais que os rituais seriam para a prosperidade e para melhorar a criança. Segundo a assistente social, todo o cenário leva a crer que as filhas, de 9 e 12 anos, do casal primas do menino também participavam dos rituais, mas não sofriam agressões.