Ação contra crimes eleitorais apreende armas, dinheiro e tickets de combustíveis
Mandados foram cumpridos na casa de candidato a vereador
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Mandados foram cumpridos na casa de candidato a vereador
O MPE (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) divulgou nesta quinta-feira (29) ter apreendido armas, dinheiro e tickets de combustíveis durante a operação “Voto Vendido, Futuro Perdido”, deflagrada na quarta-feira (28) em Dourados, distante 228 quilômetros de Campo Grande. Por determinação judicial, a PF (Polícia Federal) cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas de um candidato a vereador e de seus apoiadores.
O Jornal Midiamax já havia noticiado que os agentes federais passaram a tarde de ontem na casa de Jânio Miguel, candidato à Câmara Municipal pelo PR (Partido da República). Segundo o MPE, essa ação foi determinada pelo juiz Jonas Hass da Silva Junior, titular da 43ª Zona Eleitoral de Dourados.
Ainda segundo a promotoria, o magistrado atendeu pedido dos promotores eleitorais Luiz Gustavo Camacho Terçariol (18ª Zona), Ricardo Rotunno (43ª Zona) e Juliano Albuquerque (em substituição), “em razão da demonstração de indícios de prática de corrupção eleitoral e captação ilícita de financiamento de campanha”.
Ao todo, foram expedidos seis mandados de busca e apreensão, “sendo um para a casa de um candidato a vereador, dois para residências de apoiadores deste candidato, um para uma empresa que estaria financiando a campanha e dois para postos de combustíveis, todos na cidade de Dourados”, conforme o MPE.
Nessa ocasião, conforme o Ministério Público, policiais federais “com o apoio do GAECO e da Polícia Militar” apreenderam “uma quantidade expressiva de tickets de combustíveis, dinheiro, documentos contendo anotações ligados ao ilícito investigado, mídia contendo imagens dos postos de combustíveis, além de computadores e celulares”.
Na empresa de Robson Sales Uhde, financiador da campanha de Jânio Miguel, “foram apreendidas duas armas e munições”, de acordo com a divulgação do MPE.
“Já no dia de hoje (29/9) estão sendo iniciadas pela Polícia Federal as pericias dos materiais apreendidos. Os Promotores Eleitorais vão verificar a farta documentação apreendida, e devem tomar as medidas judiciais cabíveis em relação aos ilícitos eleitorais verificados”, anunciou o órgão.
Na noite de ontem, logo que os policiais federais deixaram sua casa com um malote, Jânio Miguel divulgou nota na conta pessoal que mantém no Facebook. Ele negou que tenha cometido crimes eleitorais.
“Em respeito aos meus eleitores e aqueles que me apóiam, acreditando em meu trabalho, minha força de vontade, em fazer algo por nossa cidade de Dourados, venho esclarecer que os tristes fatos veiculados nos canais de mídia, que veio a calhar por uma denúncia no Ministério Público Eleitoral, dizendo que eu e minha equipe estaríamos cometendo crime eleitoral, fato não comprovado pela Polícia Federal, que esteve em minha residência com mandato de busca e apreensão, para entrar, investigar e aprender qualquer irregularidade possível, que após horas de busca e nada encontrado, eles com muita cordialidade e respeito recolheram alguns documentos para maiores esclarecimentos futuros, e assim provamos que nada tínhamos a esconder (sic)”, argumentou.
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