VÍDEO: câmeras flagraram execução em escola de informática no centro

Circuito interno filmou o assassino, que usou um carro alugado e se apresentou como ‘Francimar’

O circuito de segurança da empresa de cursos profissionalizantes localizada na Rua Maracaju próximo da Rua 14 de Julho, na área central de Campo Grande, gravou o momento no qual o suspeito entra no local e procura pela vítima. Pelo horário do vídeo, o suspeito chegou às 7h28, desta segunda-feira (16), e perguntou pelo supervisor “Bruno”.

Bruno Soares Santos, de 30 anos, estava em uma sala ao lado da recepção, quando foi informado de que havia um homem identificado como “Francimar” à espera dele. O suspeito entrou na sala da vítima e permaneceu por apenas quatro segundos.

Ao abrir a porta da sala da vítima, o homem retira o edredom de cima da arma e dispara contra a Bruno, que teria levantado a mão na frente do rosto na tentativa de se proteger. Um único tiro teria acertado o tórax dele, abaixo da axila do lado direito.

A vítima morreu no local, enquanto o suspeito fugia. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) estiveram na empresa. As aulas na escola começam às 8 horas, e já tinha alguns alunos no estabelecimento, que foram retirados.

Equipes da 1ª DP (Delegacia da Polícia Civil) estiveram por lá e acompanharam os trabalhos dos peritos. O corpo de Bruno foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e de Odontologia Legal). E o delegado responsável pelo caso não quis falar sobre o assunto.

Já o sargento da 5ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar), Nelson Godoi, ressaltou que o crime foi encomendado. “Ele chegou procurando por uma pessoa específica e ao estar de frente com ela, ainda confirmou se era o ‘Bruno’, ou seja, o executor não sabia quem era vítima, por isso, a hipóteses de o crime ter sido encomendado”, explica.

A polícia afirma que ainda é cedo para dizer qual foi o motivo da morte. O caso está sendo tratado como homicídio doloso, com intenção de morte. Quanto ao veículo usado no crime, a polícia acredita ser alugado. O suspeito foi descrito como moreno escuro, entre 1,65 a 1,70 metro de altura, usava boné preto, camisa vermelha e bermuda clara.

Luto

O local foi fechado, assim como duas lojas ao lado, em solidariedade ao supervisor. Os responsáveis pela empresa que presta cursos profissionalizantes não quiseram falar com a imprensa, apenas informaram que o local ficará fechado em luto.

Alunos da escola e funcionários estavam abalados e chorosos. “Ele era uma pessoa muito boa de coração. Sempre animado e inventado alguma dinâmica em grupo”, ressalta uma funcionário que preferiu não se identificar. “Ele era uma pessoa carismática, todo mundo aqui conhecia ele”, fala um dos comerciantes que fechou as portas.