Traficante e adolescentes desovaram corpo na calçada

Vanderson Martins de Freitas, de 38 anos, o ‘Paulista', foi morto a golpes de faca, panela, além de asfixia, na noite de sábado (19). O corpo da vítima foi amarrado em um cobertor e encontrado pela polícia na noite de domingo (20), quando o autor do crime, Gilson da Silva Silvestre, de 31 anos, o ‘Dida', foi preso em flagrante.

Segundo o delegado Tiago Macedo, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, na noite de sábado, Vanderson se envolveu em uma briga na Rua João Rezek, no Oliveira, região sudoeste da Capital. Ele foi até uma boca de fumo da região e discutiu com três suspeitos que estavam no local.

De acordo com depoimento dos envolvidos, horas antes, Vanderson passou pelo ponto de venda de drogas e se aproveitou do momento em que os fornecedores do entorpecente cortavam um tablete de crack em pedras menores, roubou uma pedra e fugiu correndo. Segundo o delegado Tiago Macedo, após roubar a droga, Vanderson ainda voltou ao local.

Os três suspeitos discutiram com Vanderson e o agrediram com paneladas, facadas, asfixiaram a vítima com uma camiseta, a amarraram com um fio e enrolaram o homem, já morto, em um cobertor. Ainda segundo a polícia, os criminosos usaram um carrinho de mão para levar a vítima a aproximadamente 100 metros do local do crime, e desovaram o corpo.

Moradores desconfiaram dos barulhos, mas não acionaram a polícia. Já no dia seguinte, na noite de domingo, testemunhas sentiram forte cheiro e então equipes da Depac e do SIG (Setor de Investigações Gerais) foram até o local, onde encontraram o corpo já às 20 horas. Os criminosos foram identificados como um adolescente de 16 anos, um jovem que teria entre 16 e 18 anos, e Gilson, que acabou preso em flagrante.

Ainda segundo a polícia, testemunhas contaram que, para disfarçar o barulho das agressões, os suspeitos colocaram música alta no local. Mesmo assim, moradores puderam ouvir Vanderson pedindo clemência.

Gilson deve responder por triplamente qualificado, corrupção de menores e associação criminosa majorada pelo envolvimento de adolescentes. Ele já tinha passagens por roubo, tráfico de drogas, furto e ameaça. Já a vítima era frequentadora da boca de fumo, mas não tinha passagens pela polícia.