Além de equipe pedagógica, a escola vai implantar câmeras de segurança
A rotina dos estudantes da escola municipal onde o professor de 31 anos foi preso por estupro de vulnerável na sexta-feira (6), em Itaporã, a 225 quilômetros de Campo Grande, está voltando à normalidade.
Segundo o diretor da escola, todos os estudantes da classe das meninas que foram abusadas estão tendo, desde segunda-feira (9), uma equipe de psicólogos acompanhando a turma. Ainda segundo Boni, a assistência aos alunos vai durar toda a semana.
O diretor explicou também que tanto as alunas abusadas como a família terão acompanhamento psicológico, que já foi providenciado pela Gerência de Educação do Município. Boni disse ainda que uma professora de outra escola da rede municipal foi remanejada para substituir o docente.
“Estamos fazendo um trabalho direcionado para amenizar o impacto causado pelo episódio do professor. O fato nos pegou de surpresa e não podemos ficar indiferentes porque foi um fato muito grave”, diz Boni.
O diretor explicou ainda que o professor era uma pessoa tranquila, frequentador da igreja e tinha um bom trabalho pedagógico. “Não foi uma surpresa só para nós da escola, mas de toda a sociedade que o conhecia. Os nossos alunos tinham um carinho por ele e o fato nos deixou perplexos”, relata.
Boni disse que a preocupação agora é com o psicológico das crianças para que elas tenham um bom acompanhamento com os profissionais. O diretor ressaltou ainda que os professores vão passar por capacitação, bem como, na escola serão instaladas câmeras de segurança.
“Aqui na escola já está em processo de instalação de câmeras de segurança, não por causa do acontecido porque outras duas unidades já receberam, mas é a título de segurança tanto para os alunos como para a escola”, conclui.
Prisão
Nesta terça-feira (10) o professor de 31 anos, preso por estupro de vulnerável, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e permanece detido na Delegacia de Polícia Civil do município. O autor estava detido em virtude da prisão em flagrante na última sexta-feira (6). Agora, a prisão preventiva é válida por 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30.
O crime
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Ricardo Meirelles Bernardinelli, depois de conseguir a admiração e o respeito das alunas, do 4º e do 5º ano do ensino fundamental, o professor as levava para o fundo da sala, as colocava sentadas no colo e acariciava os seios e as partes íntimas delas.
Investigação
As investigações começaram há um mês, quando os pais de uma das meninas foram até a delegacia e denunciaram o caso. Para o delegado, o medo e a vergonha do abuso fizeram com que as crianças demorassem a contar o problema para a família.
Na sexta-feira (6) depois de ser novamente abusada, uma das meninas relatou o crime para a mãe que acionou a delegacia. O professor, que lecionava para o 4º e 5º anos do ensino fundamental, foi preso em flagrante no mesmo dia.
Segundo o delegado, a ação não era notada pelos outros alunos, pois o professor “costumava passar uma atividade para as outras crianças, que ficavam olhando pra frente”. Até o momento foram identificadas duas vítimas que eram abusadas constantemente e uma terceira que o professor teria tentado aliciar.
