O rapaz foi interrogado na última terça-feira  

Ismael da Silva Dauzaker, de 22 anos, suspeito de matar o padrasto da namorada no último domingo (14), confessou ter assassinado Eduardo Afonso Sampaio de Andrade, de 39 anos, e alegou estar defendendo a sogra quando foi agredido pela vítima. O crime aconteceu por voltas das 15h30, no Jardim Morenão. 

De acordo com o delegado João Belo Reis, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, o rapaz se apresentou acompanhado de um advogado e levou a arma usada no crime, um revólver calibre 38. “Ele veio a delegacia na terça-feira (16) e confessou o crime. Foi ouvido e liberado, por não estar em situação de flagrante”, relato Reis.

Dauzaker confirmou em depoimento a versão apresentada durante as investigações, como motivo para cometer o crime. Ele contou que a vítima estava brincando de “soquinho” com a esposa e em determinado momento acabou a empurrando com mais força.

“Ele [Ismael] entendeu que a sogra estava sendo agredida e foi defendê-la, nisso o Eduardo deu um tapa na cara dele e os dois entraram em vias de fato”, narra o delegado. A briga foi separada pela mulher da vítima e por sua filha, que é namorada de Ismael.

Neste momento, o suspeito contou que enquanto Eduardo entrava em casa pela cozinha, ele foi pela sala, pegou uma arma que estava em sua mochila e atirou na vítima. Segundo Ismael, a arma usada no crime teria sido adquirida para defesa pessoal, já que dias antes evitou que a mãe fosse assaltada e foi ameaçado de morte na ação.

Ainda conforme Reis, agora a polícia espera que os exames necroscópicos e do local do crime sejam entregues para encerrar o inquérito. “Vou analisar os laudos e posso pedir a prisão preventiva do suspeito até o encerramento do inquérito”, afirma o delegado.

O rapaz será indiciado por homicídio doloso qualificado, por motivo fútil ou uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. Se condenado, poderá pegar penas de 12 a 30 anos de detenção.

Golpes

Eduardo e Ismael da Silva eram amigos de longa data e já foram presos em 2012 por aplicarem golpes em comerciantes e empresários.  A dupla foi presa junto com Luciano da Cruz Lopes, de 37 anos.

Na época, o trio foi surpreendido logo após entregar um cheque fraudado para a vítima, proprietária de uma empresa de Sidrolândia. Eles pagavam mercadorias com cheques fraudados e depois revendiam os produtos com preço abaixo do de mercado em estabelecimentos de .

Eduardo Afonso era contador e tinha diversas ocorrências como autor de estelionato.