Servidor da Sefaz ‘esquentava gado’ por 10% do valor da transação ilícita

Servidor ganhou R$ 700

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Servidor ganhou R$ 700

Antônio Jocival de Almeida, de 43 anos, funcionário da Sefaz/MS (Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul) cobrava por cada emissão GTA (Guia de Trânsito Animal) e nota fiscal o valor de R$ 35 por cabeça de gado, totalizando R$ 700. A ação foi descoberta pela Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequetros).

O caso foi registrado na manhã desta terça-feira (20) como associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informações e receptação. Além disso, quatro pessoas foram presas no esquema, dentre eles, um servidor público.

Os demais foram identificados como André Luiz Leite, de 37 anos, Gedison Nunes Teixeira, de 30 anos, e José Leonardo Correia Manus, de 25 anos.

José ofereceu R$ 7 mil pelos 20 gados que foram furtados de uma fazenda onde Gedison trabalhava como peão, que contou com o apoio de André Luiz, que é corretor. O valor dividido corresponde a R$ 350 por cabeça. “Cada gado tem o preço de mercado de R$ 1,5 mil”, explica o delegado Fabio Peró para a equipe do Jornal Midiamax.

Por conta da transação ilegal, eles procuraram o servidor para legalizar a ação. “Com os recursos que Antônio tinha em mãos, acabou emitindo notas e ‘esquentando o gado’, para que a venda deles para terceiros não tivesse problemas, com isso, o servidor da Sefaz pediu o valor de R$ 35 por nota de cada cabeça”, frisa.

Sendo o valor de 10% da transação ilegal. Antônio recebeu R$ 700 pela emissão da documentação emitida de forma irregular. A polícia investiga se o grupo estava envolvido em outras compras e vendas ilícitas.

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