Sejusp diz que avião em manutenção atrasou socorro a policial e colegas reclamam
Policiais civis alegam ‘descaso’ com servidores da segurança pública
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Policiais civis alegam ‘descaso’ com servidores da segurança pública
Uma aeronave em manutenção e as condições climáticas do início da tarde desta quarta-feira (25) impediram que o investigador Anderson Garcia da Costa, de 37 anos, fosse transferido com rapidez para Campo Grande. O policial morreu depois de ser agredido por um detento na Delegacia de Polícia Civil de Pedro Gomes.
O caso aconteceu nesta manhã, quando Anderson foi retirar Zózimo Pereira dos Santos, de 51 anos, da cela para poder levá-lo a internação compulsória em clínica psiquiátrica, medida que foi requerida e concedida pelo Poder Judiciário local. Neste momento, o preso teria se soltado do policial e o agredido.
Para cessar a violência, o policial teria disparado três vezes contra Zózimo, todos os tiros atingiram a região pélvica do autor. Após o socorro, ambos os envolvidos foram encaminhados para Coxim, mas em virtude a gravidade dos ferimentos de Anderson o médico pediu a transferência dele para a Santa Casa de Campo Grande.
De acordo com o delegado geral da DGPC (Delegacia Geral de Polícia Civil), Roberval Maurício Cardoso Rodrigues, assim que soube da situação foi realizado o contato com a Base Aérea da Capital e o Grupo Aéreo Policial, já que o helicóptero da Polícia Civil está em manutenção.
“Pedimos apoio, mas em virtude da chuva forte que caia por volta das 12 horas nenhuma aeronave conseguia decolar, nem não foi socorrido em tempo, por causa do tempo”, lamentou o delegado.
Já na versão extra-oficial, que circula pelas redes sociais, o ‘descaso’ com servidores da segurança pública e o sentimento de revolta é predominante. Muitos alegam que Anderson não foi salvo pelo mesmo motivo das faltas de viaturas na cidade, a demora na liberação da manutenção.
Além disso, as queixas também se estendem a falta de equipamentos específicos para atender as necessidades médicas. “Mesmo com a aeronave em uso, quem se responsabilizaria em transportar a vítima sem os equipamentos” alegam.
Sem apoio aéreo, equipes do Garras e da Derf foram até Coxim para escoltar a ambulância que transportava o investigador. Conforme testemunhas, Anderson saiu da cidade consciente, reclamando de dores abdominais, já próximo da Capital seu quadro de saúde piorou e ele acabou morrendo antes de chegar ao hospital.
Para a equipe do Jornal Midiamax, o delegado Roberval contou que informações preliminares apontam que o investigador sofreu hemorragia interna. Anderson sofria de anemia hemolítica, o que leva os médicos a acreditarem que as lesões, que provavelmente não causariam sua morte, se agravaram por causa da doença. Ainda assim o caso será investigado.
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