Testemunhas dizem que suspeito é membro de facção

O interno do semiaberto, Adriano da Silva, de 34 anos, foi encontrado morto neste sábado (31) com 11 perfurações de tiro na obra que trabalhava no Bairro Estrela Porã, em . Funcionários da obra reconheceram o autor como sendo Carmo Alves Felicio, de 39 anos, foragido há cinco dias do EPMRSA-D (Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Semiaberto de Dourados). Segundo eles, Carmo é do PCC (Primeiro Comando da Capital) e teria uma “rixa” com Adriano.

De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima estaria saindo do serviço quando foi executado em frente a porta do alojamento.

O gerente da empresa afirmou que vários funcionários são internos do semiaberto. Uma testemunha, que mora perto da obra, teria ouvido os disparos e visto dois homens com uniforme saindo correndo do local em uma rua lateral. Segundo ela, o homem que levava a arma tinha ainda um capacete na outra mão. O outro suspeito também carregava um capacete e ferramentas.

O boletim de ocorrência ainda cita que muitos funcionários, que não quiseram se identificar, estavam trabalhando em cima dos prédios e viram o crime. Eles reconheceram o autor e disseram que ele já trabalhou no local, o que explicaria o uniforme, mas não souberam dizer quando.

Os funcionários afirmaram que Adriano é contra o PCC, do qual Carmo e outro homem, Renan Oliveira Freitas, fazem parte. Renan trabalha na obra, mas a polícia ainda não sabe o envolvimento dele no homicídio. Os dois têm uma “rixa” com Adriano, o que teria culminado em sua morte. Segundo boletim, Carmo está foragido do semiaberto desde o dia 26 deste mês, e Renan saiu ontem (30) em condicional.

A Perícia contou cinco perfurações no tórax, quatro nas costas e duas no antebraço. Foram recolhidas no local, três munições deflagradas. O caso foi registrado como homicídio simples na Depac-DDOS (Delegacia de Pronto Atendimento de Dourados).