‘Golpe do envelope vazio' engana vendedores

Quatro integrantes de uma quadrilha que aplicava o chamado ‘golpe do envelope vazio' foram indiciados pela Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) na última segunda-feira (15), em . Três foram presos em flagrante e um se apresentou com advogado.

De acordo com a delegada Ana Claudia Medina, os envolvidos vão responder pelos crimes de receptação, associação criminosa e adulteração de sinal identificador. Os presos são Wesley Francisco de Lima, de 28 anos, Nilton Amorin, de 34 anos, e Donizete Alencar da Silva, de 44 anos. Leandro Vieira de Lima, de 30 anos foi indiciado.

Os policiais descobriram que uma caminhonete F350, produto de , estava sendo anunciada em um site de vendas. O dono do veículo havia caído no golpe do envelope vazio no dia 5 deste mês, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande.

No golpe, o estelionatário demonstra interesse em um produto oferecido pela vítima e diz que vai fazer o pagamento por meio de um depósito bancário. O golpista então vai até o banco, faz um depósito sem colocar dinheiro dentro do envelope, obtém o comprovante do depósito e encaminha à vítima. 

Após descobrirem o veículo sendo anunciado na internet, os policiais marcaram o encontro com o vendedor e conseguiram prender o trio suspeito de estelionato. A caminhonete foi recuperada. Com os suspeitos foram apreendidos nove veículos. Em dois deles, a polícia já constatou indícios de adulteração e os outros também serão investigados.

Ainda foi apreendido um trator com Donizete, que a polícia constatou ser  produto de um golpe, dado por ele no dia 12 deste mês, em Campo Grande. O veículo também foi devolvido à vítima.

A ação contou com o apoio de uma equipe da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), para a custódia dos veículos apreendidos e encaminhamento para exame pericial.

Donizete conta com extensa ficha criminal por estelionato e era foragido da colônia penal agrícola, onde cumpria pena em regime semiaberto por estelionato. Wesley já contava com registros criminais por furto e receptação e estava em liberdade condicional. Leandro cumpre pena no regime aberto por conta de um homicídio.