Preso em operação contra mosquito paga fiança de R$ 2 mil para ser liberado

O suspeito já havia sido notificado e multado

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O suspeito já havia sido notificado e multado

O empresário preso em flagrante na manhã desta terça-feira (15) durante uma operação contra o mosquito Aedes aegypti, será liberado depois de pagar fiança de R$ 2 mil. Segundo a Polícia Civil, a conveniência localizada na Rua Antônio Maria Coelho estava na lista de locais de risco da Vigilância Sanitária e é reincidente no problema.

De acordo com o delegado Wilton Vilas Boas, titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Juan Carlos Correa Bueno, proprietário da Big Festa, já havia sido notificado e multado por deixar água acumulada. “O empresário foi preso em flagrante por ser reincidente no crime”, explica Vilas Boas.

Conforme o delegado, em fevereiro, agentes de saúde já haviam notificado o empresário sobre criadouros do mosquito Aedes aegypti no depósito do local. No dia 26 de novembro, em uma nova visita, foram encontrados novos focos e o suspeito foi multado. Nesta manhã, foram encontrados larvas do mosquito em uma lona que estava jogada no chão e o homem foi preso.

No momento do flagrante, Juan alegou para a polícia que a dona e responsável pelo estabelecimento é sua esposa e que ela estava viajando. Segundo o delegado “embora ele não fosse o proprietário legal, tinha total domínio do local, e podia evitar a situação”.

Um funcionário do estabelecimento, que foi encaminhado à delegacia como testemunha, contou para a equipe do Jornal Midiamax que uma pessoa foi contratada para limpar o depósito. Segundo ele, o local onde foi localizado o foco teria passado despercebido.

Agora, Juan aguarda o pagamento da fiança para ser liberado. Ele foi autuado no artigo 54 da lei de crimes ambientais (causar poluição de qualquer natureza em níveis que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora).

Fiscalização

Os agentes de saúde, acompanhados de policiais civis e de agentes da Vigilância Sanitária começaram nesta terça-feira a inspecionar imóveis desocupados e que os proprietários não deixavam os agentes entrarem para verificar focos da dengue. Aproximadamente 2 mil imóveis estão na mira das autoridades. 

Campo Grande está em epidemia de dengue, com mais de 8 mil casos, e três mortes, além de temer o aumento dos casos de zika e de chicungunya, as outras duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

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