Por nota, empresa nega erro na manipulação de remédio em setor de oncologia

Erro teria causado a morte de quatro pacientes

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Erro teria causado a morte de quatro pacientes

Na tarde desta quinta-feira (30), a equipe da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) e a Comissão de Investigação de Óbitos da Santa Casa de Campo Grande afirmaram que quatro pacientes que faziam tratamento no setor de oncologia da Santa Casa teriam morrido por conta imperícia no momento em que manipulava o medicamento. Entretanto, por nota, o advogado da empresa que gerenciou o setor por 13 anos negou que a responsabilidade.

Pelo menos cinco pessoas ligadas à empresa foram indiciadas, conforme o inquérito policial que foi concluído no início desta semana, após mais de um ano das mortes, que começaram a ocorrer em junho de 2014. Segue a nota na íntegra:

“O Centro Integrado de Oncologia e Hematologia De MS S/S Ltda., em razão da conclusão dos inquéritos policiais envolvendo os seus integrantes, vem a público esclarecer que:

– não concorda com o resultado das apurações, justamente porque não há, nos autos, elementos suficientes para se imputar aos seus quadros a responsabilidade pelos eventos adversos ocorridos com as pacientes que realizavam tratamento oncológico em suas dependências;

– nenhuma das perícias realizadas durante a investigação policial apontou, com concretude, as causas do ocorrido (suas conclusões basearam-se em meras elucubrações/ilações);

– sempre colaborou para a devida apuração dos fatos; no entanto, os vários argumentos apresentados foram sumamente desconsiderados;

– confia na imparcialidade do Ministério Público Estadual e no Poder Judiciário para reparar os excessos cometidos até então;

Expõe-se, por fim, grande indignação com a forma de condução das investigações. A massiva divulgação de informações, a injustificável exposição da autoridade policial e a inobservância ao direito de intimidade dos investigados – algo incomum em casos desta natureza – importou em grave violação ao Princípio da Presunção de Inocência e induz à única conclusão de que, infelizmente, não se procurou esclarecer os fatos, mas sim apontar, desarrazoadamente, culpados”.

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