Polícia investiga surgimento de “clones” do estelionatário Valfrido

Mais de 10 casos foram registrados na 1ª Delegacia de Polícia Civil

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Mais de 10 casos foram registrados na 1ª Delegacia de Polícia Civil

A Polícia Civil voltou a investigar casos de estelionato aplicados dentro de hospitais do Estado e principalmente da Capital. O golpe que ficou famoso depois que o estelionatário Valfrido Gonzalez Filho foi preso por se passar por médico para ‘arrancar’ dinheiro de famílias que possuíam parentes internados.

O estelionatário foi preso em 2012 depois de registrar um boletim de ocorrência, se fazendo passar pelo próprio primo. Para aplicar os golpes, Valfrido se passou por médico, advogado, pastor, desembargador, bispo, prefeito, entre outras ocupações. Mesmo preso Gonzalez não parou, até o início deste ano já haviam sido registrados mais de 40 golpes em seu nome.

De acordo com o delegado da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Miguel Said, responsável pelo inquérito policial, recentemente novos casos, com o mesmo modo operandi de Valfrido chegaram ao conhecimento da delegacia. São mais de 10 inquéritos, registrados a partir do meio do ano, relatando casos de estelionato em hospitais.

Por telefone, o suspeito se identifica como médico e alega para familiares de pessoas internadas que o tratamento exige a compra de novos remédios ou exames. Acreditando no ‘médico’ a família depositava valores altos na conta bancária indicada pelo homem no telefone.

“Vamos investigar se esses golpes foram aplicados pelo Valfrido, ou se outras pessoas estão copiando o modo de agir dele para enganar as vítimas”, afirma Said.  Ainda de acordo com o delegado, não é possível calcular com precisão o prejuízo causado pelo golpista, ou golpistas, até agora.

Em maio de 2015 a Santa Casa de Campo Grande procurou Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Centro para relatar uma tentativa de estelionato. No boletim de ocorrência consta que o golpista se apresentou como um médico da central de regulação do Estado para pegar dados de pacientes e familiares.

Já em setembro, uma mulher de 52 anos, que estava com o filho internado em um hospital particular de Campo Grande, localizado na Avenida Mato Grosso, no Carandá Bosque, recebeu a ligação de um ‘falso médico’ exigindo R$ 1.875 para compra de remédios. A mulher fez dois depósitos e só depois descobriu que o caso na verdade se tratava de um golpe.

No ano passado, o estelionatário que ficou famoso nacionalmente foi transferido para a PED (Presídio Estadual de Dourados), onde permanece preso.

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