Investigações levaram à denúncia do Ministério Público contra 20 pessoas ligadas ao “Grupo Líder”

Na “Operação Salt III”, a atuou com o objetivo de prender integrantes de uma organização criminosa, em atuação desde a década de 90, especializada em praticar delitos de sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O grupo tinha base em Mossoró, região oeste do Rio Grande do Norte, de onde já provocou prejuízos de R$ 500 milhões aos cofres públicos.

Participaram da operação cerca de 50 policiais federais, que deram cumprimento a 10 mandados de prisão no início da segunda quinze na abril.

Segundo as investigações, o grupo se utilizava do artifício de criar paper companies (empresas que só existem no papel) e fazia uso de laranjas para garantir o livre ingresso de receitas nos caixas de mais de 30 empresas envolvidas no esquema e que atuavam no ramo de plásticos, tecidos, combustíveis, resina, construção civil e na extração de sal.

O grupo criminoso também é suspeito de promover o branqueamento de capitais, ou seja, encobrir a origem dos bens e rendimentos (vantagens) obtidos ilicitamente, mediante complexo esquema de blindagem patrimonial contra as ações fiscalizadoras da Receita Federal.

A rede trabalhava com um grande emaranhado de empresas, muitas delas de “fachada”, identificada como Grupo Líder, que conseguiu sonegar mais de R$ 500 milhões. As ilegalidades já haviam levado a Polícia Federal a deflagrar outras duas operações, sendo uma delas em dezembro de 2013 (Operação Salt I), enquanto a segunda em 26 de março de 2014 (Operação Salt II).