MPE confirma denúncia por racismo na Capital

Procuradoria-Geral de Justiça vai tomar todas as providências para apurar a acusação

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Procuradoria-Geral de Justiça vai tomar todas as providências para apurar a acusação

O MPE (Ministério Público Estadual) confirmou que recebeu uma denúncia por racismo na Capital. De acordo com a assessoria de comunicação, o órgão recebeu uma denúncia confidencial envolvendo um dos membros e que o nome do envolvido no crime de racismo foi preservado. Ainda segundo a assessoria, a Procuradoria-Geral de Justiça vai tomar todas as providências para apurar a denúncia.

O MPE não confirmou que seja a promotora de justiça que se envolveu em insultos e xingamentos racistas a uma trabalhadora durante o exercício de seu trabalho como porteira em um condomínio de luxo na Capital. A investigação está sob sigilo.

Caso

Uma recepcionista representou criminalmente contra uma promotora de justiça de Mato Grosso do Sul por tê-la xingado de “neguinha” e “filha da p***”, durante o exercício de seu trabalho como porteira em um condomínio de luxo em Campo Grande. A denúncia foi feita na 67ª Promotoria de Justiça no último dia 28 de agosto.

O crime teria ocorrido no último dia 15 de agosto, por volta das 18 horas. De acordo com o documento, a promotora acompanhada de um homem teria solicitado entrar no Condomínio Villas Damha, no Bairro Tiradentes, região leste de Campo Grande. A vítima e seu colega, que atuam no controle de entrada de visitantes, teriam pedido a identificação da mulher que se recusou a apresentar o documento por ser “Promotora de Justiça”.

No entanto, obedecendo às normas do condomínio, a funcionária insistiu que a mulher apresentasse o documento de identificação. Foi aí que começaram os insultos e xingamentos. “Não sabem com quem estão mexendo”, disse alterada a promotora.

Em seguida, ela teria gritado ao companheiro “entrega logo a CNH para este bando de b***”, “p*** e p***, vocês não valem nada”, teria seguido a promotora indignada com o protocolo. “É um absurdo, eu, uma Promotora de Justiça, tendo que ficar esperando na portaria, olha o jeito de vocês”, teria dito.

Depois de feito o cadastro, os dois avançaram em alta velocidade pelo condomínio. Ainda segundo a vítima, moradores teriam presenciado o “surto” e relataram a ela terem ouvido a promotora chamá-la de “neguinha”. Por conta do nervosismo, a vítima diz não se lembrar exatamente de todos os xingamentos. A moradora que recebeu a promotora em sua casa, teria ido pessoalmente a guarita se desculpar com os trabalhadores e disse que aquela era a “maneira de agir” da promotora que já teria se envolvido em confusões parecidas.

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