Motociclista que morreu na madrugada usava capacete ‘no topo’ da cabeça

Fio que isolava obra atingiu pouco acima do queixo

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Fio que isolava obra atingiu pouco acima do queixo

 De acordo com levantamentos da polícia, Thiago Segovia Araújo, 31 anos, que morreu em um acidente de moto na madrugada desta quinta-feira (3), além de não ter habilitação, ainda usava o capacete de forma irregular, cobrindo apenas a parte superior da cabeça

Segundo o delegado Reginaldo Salomão, que atendeu à ocorrência, se isto realmente ficar confirmado através dos exames da perícia, pode ter sido o fator fundamental para a morte. “Nos levantamentos que fizemos no local percebemos realmente que o capacete estava fora da posição normal de uso. Ele foi atingido pelo fio que isolava a calçada pouco acima do queixo e se o capacete estivesse na posição normal, poderia ter evitado a morte”.

Familiares também confirmaram na delegacia que Thiago estava assistindo uma partida de futebol junto com amigos e teria ingerido bebida alcoólica. Ele bateu a moto no meio-fio próximo de um ponto de ônibus, bateu na caçamba e ainda se enroscou no fio que isolava uma calçada que está sendo feita em frente de um imóvel na Avenida Três Barras.

Legislação

O forte calor e o clima seco que estão sendo registrados em Campo Grande, fazem com que os motociclistas nem sempre pilotem suas motos em conformidade com o que determina a resolução 203 de 29 de setembro de 2006 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que regulamenta a obrigatoriedade e a forma de uso do capacete.

O artigo primeiro da resolução estabelece que o capacete tem de estar devidamente afixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate (fecho) por debaixo do maxilar inferior.

No artigo quarto da resolução fica estipulada a punição, que classifica como infração gravíssima, multa de aproximadamente R$ 190, suspensão do direito de pilotar e apreensão do documento de habilitação.

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