Morte de narcotraficante em presídio federal gera duas investigações

O peruano “Javier” foi encontrado enforcado, segundo o Depen

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O peruano “Javier” foi encontrado enforcado, segundo o Depen

O Depen (Departamento Penitenciário Nacional) informou em nota divulgada nesta segunda-feira que o narcotraficante peruano Jair Ardella Michhue, de 40 anos, que foi encontrado morto, neste domingo, em uma cela do Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, usou itens do enxoval de cela na estava para se enfocar.
O departamento informou que já foi aberto inquérito policial para apurar o caso e também um procedimento administrativo de investigação.

Informações extra-oficiais dão conta que Michhue foi enforcado com uma toalha. Conforme o Depen divulgou, o peruano foi encontrado por agentes durante a entrega da refeição. Foi feita perícia no local e o corpo encaminhado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).

Ainda de acordo com a nota do Depen, “comunicações foram enviadas para o Consulado Geral do Peru competente, e ao Juiz Corregedor da Execução Penal Federal, Ministério Público Federal e Defensoria Pública da União. que era responsável pela defesa do preso.”

Perigoso

Conhecido como “Javier”, o peruano já foi considerado um dos criminosos mais violentos da tríplice fronteira Brasil/ Peru /Colômbia. Ele estava preso desde o dia 1º de março de 2011, quando tentou fugir de lancha no Rio Javari, na fronteira entre o Brasil e o Peru, no Amazonas.

Com ele foram apreendidos 35 quilos de cocaína, uma granada de mão israelense, um revólver calibre 38 e nove celulares, entre brasileiros, colombianos e peruanos.Morte de narcotraficante em presídio federal gera duas investigações

Além de comandar o narcotráfico na região, Javier era apontado como responsável por dezenas de assassinatos de traficantes e inocentes. Entre essas mortes, estão as de dois dois agentes federais, Mauro Lobo e Leonardo Matsuanga, durante uma troca de tiros. Ele teria encomendado o crime.