Medo de tráfico faz com que população não denuncie crimes na fronteira, diz delegado
Anonimato é garantido pela polícia
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Anonimato é garantido pela polícia
Um dos crimes mais comum registrado na fronteira seca entre o Brasil e o Paraguai é o tráfico de drogas. Assim como em qualquer outro lugar do país, por lá há o disque denúncia que é evitado pela população.
“É garantido o anonimato de quem faz a denúncia, mas aqui o medo fica evidente, pois são raras as ligações”, explica o titular da 1ª DP (Delegacia da Polícia Civil) de Ponta Porã, cidade a 346 quilômetros ao sul de Campo Grande, Jarley Inacio de Souza, para a equipe do Jornal Midiamax.
Ele revela que há poucas regiões de plantio de maconha em Ponta Porã. “Aqui já fizemos alguns trabalhos de destruição destas áreas, mas a localidade ainda maior para o cultivo é no lado Paraguai, por conta das matas”, frisa o delegado.
Jarley ressalta que o trabalho é feito com apoio da polícia paraguaia. “Nesta época do ano de safra da maconha, as atenções redobram, pois temos que ganhar a confiança para a população para que ela denuncie, e também que ficar atentos para os crimes de mortes, pois eles querem ganhar território”, revela.
O trabalho feito por lá é formiguinha, mas tem dado resultado. Desde quando o delegado se tornou titular da unidade, foi implantado um setor para dar agilidade aos casos de homicídios, e por conta disso, foi descoberto que 80% das mortes ocorrem por conta do tráfico de drogas, que na maioria das vezes é feito por pistoleiros, que se quer sabem quem os contratou.
Operação paraguaia
A safra da maconha começa em março e vai até julho, e bem nesta época que há reforços da polícia Paraguai. Nesta semana, as equipes de lá divulgaram que destruíram 780 toneladas deste tipo de entorpecente, o que deve ter gerado aos traficantes um prejuízo maior de US$ 23,421 milhões, conforme dados divulgados pela Senad sobre a Operação Amambay I.
A ação conta com o apoio de helicópteros da Força Aérea e Armada Paraguaia, pois desta forma fica mais fácil localizar as plantações das drogas que são camufladas em meio às matas da região de María Auxiliadora e Cerro 21. As equipes policiais de Amambay já contabilizaram a destruição de 248 hectares do cultivo.
O número é considerado maior a cada ano e desta vez, haveria 95 pontos de distribuição. Nestes locais, houve a desativação de 84 acampamentos, onde foram apreendidos 5,277 quilos de maconha prensada, lista de pontos de distribuição, além de, 31,450 quilos de maconha picada e 570 quilos de sementes.
No mesmo local onde foram identificadas as drogas também havia prensas, totalizando 20. Todos os tipos de equipamentos usados pelos criminosos também foram destruídos.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Polícia Federal prende general Braga Netto durante operação neste sábado
Preso em operação foi vice do ex-presidente Jair Bolsonaro na chapa de 2022
Polícia identifica piloto de moto assassinado a tiros por garupa no Universitário
Motorista de Corolla teria se aproximado e dado apoio ao autor dos disparos
Prepare o guarda-chuva: previsão é de muita água para este fim de semana no Estado
Apesar de chuvas intensas, termômetros chegam a 34°C em algumas cidades do Estado
Moradora de condomínio de luxo em Dourados denuncia furto de anéis de ouro
Uma das funcionárias é apontada como como suspeita
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.