Mãe diz que filha de 3 anos foi estuprada por professora em creche

Polícia Civil investiga o caso; diretora nega o crime

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Polícia Civil investiga o caso; diretora nega o crime

A mãe de uma criança de 3 anos diz que sua filha teria sido estuprada por professora no banheiro de creche em Três Lagoas, a 330 quilômetros da Capital. As informações são do site local TL Notícias.

Segundo o jornal três-lagoense, o suposto caso teria acontecido no início de agosto e já está sendo investigado pela Polícia Civil. A diretoria da creche nega o crime.

O caso

Uma mulher de 26 anos, revelou que no dia 3 de agosto foi buscar a filha na CEI. Assim que a criança subiu na moto, teria reclamado de dores na região genital. A princípio, a mãe acreditava que a menina estava “assada” e disse a sua filha que assim que ela tomasse um banho, a dor iria passar.

Chegando em casa, a mulher levou a criança para o banho foi quando notou que a genitália da menina estava machucada e quando perguntou o que tinha acontecido, a criança ficou amedrontada dizendo que não podia contar porque senão a “tia” iria brigar com ela.

Diante desta situação, a mãe ficou desesperada e depois de muita conversa com a criança, conseguiu convencer a menina a contar o que tinha acontecido. A menina disse à mãe que sua professora tinha levado-a ao WC e teria levantado sua saia, colocando o dedo em sua genital. Imediatamente a mãe se dirigiu ao Conselho Tutelar para denunciar o caso.

Conselho tutelar

O site TL Notícias entrou em contato na tarde desta quarta-feira (19) com a conselheira tutelar Miriam Herrera, que explicou a seguinte situação. Diante o suposto estupro, todo o apoio necessário à criança já foi feito, incluindo o encaminhamento ao Creas (Centro de Referência e Assistência Social) para acompanhamento psicológico.

O Conselho também acompanhou mãe na elaboração do boletim de ocorrência que foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia e o caso posteriormente foi encaminhado à DAM (Delegacia de Atendimento a Mulher), por se tratar de um crime contra a mulher.

A criança foi submetida ao exame de corpo de delito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e de acordo com a mãe, o resultado constou a tentativa de violação, porém não houve ruptura do hímen.

Creche nega

A equipe de reportagem também entrou em contato com a direção da unidade e em conversa com a diretora Olíria Zuque, ela disse que a denúncia pegou toda a creche de surpresa e que ela não acredita que este caso tenha acontecido, pois sua sala é toda de vidro e ela acompanha toda a movimentação das crianças e professores e ainda em cada sala de aula tem uma segunda funcionária que presta assistência no cuidado com as crianças.

Olíria revelou ainda que a professora acusada leciona na unidade há cinco anos e nunca apresentou nenhum tipo de desvio de conduta. A diretora ainda disse que a equipe da creche notou que a criança apresentava hematomas antigos nas pernas e na região genital e não descarta que o caso tenha de fato acontecido em outro local.

Situação atual

A mãe da criança se diz indignada com a demora em esclarecer o caso e acha um absurdo que a professora continue trabalhando na escola mesmo com a suspeita de ter cometido o crime. A criança já não é mais aluna da unidade Interlagos e foi orientada pela conselheira tutelar a procurar o órgão nesta quinta-feira (20).

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