Justiça libera oficial da Polícia Militar de MS preso no Maranhão

Capitão já foi preso por corrupção em Campo Grande

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Capitão já foi preso por corrupção em Campo Grande

A Justiça concedeu nesta terça-feira (18) alvará de soltura ao capitão da Polícia Militar Paulo Roberto Xavier, detido na última quinta-feira (13) ao ser flagrado observando um banco em posse de uma pistola 380 sem registro e uma caminhonete com a placa alterada, em Bom Jardim (MA).

A decisão foi tomada pelo juiz Cristovão Bastos, da 2ª Vara da Comarca de Santa Inês (MA). Ele concedeu o alvará de soltura ao capitão, negando pedido de prisão preventiva do Ministério Público do Estado do Maranhão.

Segundo o juiz, o pedido de prisão preventiva foi negado porque o capitão não preenche os requisitos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal. Outro motivo seria o fato de ele já ter confessado delitos e de não haver registro de ordens de prisão em seu desfavor. Paulo Roberto Xavier terá liberdade provisória sem fiança. Ele já responde em liberdade a outros processos em Goiás.

Operação Las Vegas

O capitão já havia sido preso em 2009 por envolvimento com uma organização que explorava máquinas caça-níqueis em Campo Grande. Paulo Roberto Teixeira Xavier foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado por falsidade ideológica, por manter um estabelecimento comercial, o que é proibido para oficial e corrupção passiva.

Na época, ele foi denunciado pelo Ministério Público durante a operação Las Vegas, realizada pela PF (Polícia Federal) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), como responsável pela logística e segurança da organização que explorava máquinas caça-níqueis na Capital.

O major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho foi apontado como líder do esquema e acabou expulso da corporação. Com a quadrilha foram apreendidos 18 veículos, um avião, 97 máquinas de caça-níqueis, R$ 77 mil, US$ 1,7 mil, computadores e notebooks.

Cerca de dois anos depois da prisão, em 2011, o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu habeas corpus ao capitão, que a essa altura já cumpria a pena em regime semiaberto.  Desde então Xavier aguardava o julgamento em liberdade.

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