Juiz concede liberdade a quadrilha presa por roubar 300 cabeças de gado

O crime ocorreu em março deste ano

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O crime ocorreu em março deste ano

Na segunda-feira (20), decisão expedida pelo juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, concedeu liberdade provisória aos envolvidos no roubo de 300 cabeças de gado em março deste ano.

De acordo com a assessoria de comunicação da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), a prisão de 17 pessoas foi realizada depois de uma megaoperação comandada pela Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros).  

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com o delegado da Garras, Fábio Peró, mas ele afirmou que não dará detalhes sobre a concessão de liberdade aos suspeitos e que apenas o judiciário é responsável pela ação, que deve ser cumprida pela polícia. Em nota divulgada pela Acrissul, Peró revelou que a quadrilha é especializada neste tipo de crime e que não vai parar de agir no Estado. Ele afirma que os pecuaristas devem ficar alertas e a Polícia Militar irá monitorar as ações do bando.

O presidente da Acrissul, Francisco Maia, afirmou que a entidade vai se reunir para estudar uma medida contra a decisão judicial de liberdade provisória dos acusados. “Isso cria um clima de insegurança no campo, que além de conviver com outras ameaças agora também os pecuaristas têm de manter uma vigilância redobrada para zelar por seu patrimônio”, disse Maia em nota.

Habeas corpus

O advogado responsável entrou com o pedido de habeas corpus no dia 8 de julho, sob a alegação de os interessados estarem sofrendo constrangimento ilegal, por causa do excesso de prazo, uma vez que eles estariam cumprindo prisão preventiva há quatro meses.

O próprio juiz Waldir foi tido como o responsável pelo constrangimento, pela demora na decisão judicial do caso, e concedeu a liberdade provisória aos 10 suspeitos. Responderão pelo crime de abigeato, roubo ou furto de gado, em liberdade, Hélio Ângelo dos Santos, Dilson Aparecido Almada, ambos de 38 anos, Odair José Morais, Luiz Fernando de Oliveira Faria, Eliton Pereira Souza, de 26 anos, Ronaldo Ribeiro Melo, de 25 anos, Márcio Antônio Morais, de 24 anos, Elias Gomes de Sena, de 52 anos, Leandro Sanches, de 18 anos e Marcos Leandro Morais, de 28 anos.

Abigeato

O crime foi descoberto após imagens de câmeras de seguranças de postos de combustíveis localizados nas margens da rodovia, que ficam próximos das fazendas onde houve os furtos. A partir dos vídeos, os policiais descobriram que os caminhões usados nos delitos eram escondidos e saíam do esconderijo apenas para serem utilizados em novos furtos.

Hélio, Ronaldo e Dilson deixaram um esconderijo com um dos caminhões para levá-lo a um conserto, ocasião que houve o flagrante das equipes policiais que estavam em campana. Com a prisão, o trio delatou os comparsas e contou como funcionava o crime.

Durante as investigações, a polícia descobriu uma evolução no patrimônio de Hélio, que é considerado o mentor da organização, por conta disso, foi apurado que os delitos se iniciaram no começo de 2014.

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