Jovens alegam que mataram e carbonizaram rapaz por causa de bullying

Os envolvidos vão responder por homicídio qualificado 

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Os envolvidos vão responder por homicídio qualificado 

Os seis envolvidos na morte de Marcos Vinícius de Oliveira, de 20 anos, alegaram para a polícia que sofriam bullying constantemente e por isso agrediram e esfaquearam a vítima. Depois que o corpo foi encontrado, na última quarta-feira (12), cinco adolescentes e um rapaz de 21 anos confessaram participação no homicídio.

De acordo com a delegada Aline Sinotti, da Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude), em depoimento os jovens relataram que estavam cansados da atitude do rapaz e resolveram matá-lo. O grupo atraiu Marcos para um matagal próximo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), no dia 9 de agosto, alegando que iriam usar drogas.

Lá, segundo a delegada, foi Gabriel Gustavo Barros de Souza, de 21 anos, que desferiu os primeiros golpes no abdômen da vítima, em seguida um dos adolescentes de 15 anos teria efetuado mais golpes no peito do rapaz. Por fim, Gabriel assumiu a arma e deu a última facada no pescoço da vítima.

Outro adolescente de 15 anos teria segurado a vítima pelo pescoço durante o assassinato e a criança de 12 anos agrediu Marcos com chutes e pontapés. Já a menina de 14, ficou olhando os amigos, que depois ainda colocaram fogo no corpo do rapaz, em uma tentativa de esconder o crime.

Além do bullying, os envolvidos continuam afirmando que Marcos teria tentado abusar da adolescente de 14 anos, mas essa versão não foi comprovada pela polícia. Para Aline os ferimentos na vítima mostram a raiva dos autores no momento do crime. Os autores foram indiciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores.

Ameaças

Desde que o corpo de Marcos foi encontrado, a casa de três envolvidos no crime, todas no Bosque Santa Mônica, região oeste da Capital, foram incendiadas. O caso está sendo investigado pela 7ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande e a suspeita é que amigos e familiares do rapaz sejam os responsáveis.

O delegado Paulo Henrique Sá diz que a polícia agora aguarda o laudo da Perícia e dos exames datiloscópicos feitos nas casas incendiadas, para tentar identificar impressões digitais deixadas nos locais dos crimes. Ainda segundo ele, testemunhas, vizinhos e amigos das vítimas dos incêndios estão sendo ouvidos.

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