Colegas de farda criticam atitudes de Fábio, que segue foragido

O guarda civil municipal Fábio Augusto da Silva Souza, apontado como o principal suspeito de ter assassinado Felipe Cardoso da Silva, de 23 anos, em uma confusão em um bar no Conjunto Aero Rancho, na noite de quinta-feira (1), por ter uma ligação direta com o prefeito Alcides Bernal (PP) “se achava” diante dos demais integrantes da corporação.

“Ele achava que podia mais que os outros. Na primeira vez que o Bernal assumiu ele fez parte do Serviço Reservado da Guarda Civil Municipal. Agora com o retorno do prefeito ele atuava como motorista do Secretário de Segurança”, afirma um companheiro.

Com a atual função, Fábio trabalhava apenas durante o dia e às noite ficava de folga. “Como ele tem essa ligação direta com os chefes, todo mundo quer estar bem com ele. Certamente foi por isto que os outros dois foram ao bar com ele e acabaram se envolvendo na confusão”, continuou o colega.

Segundo este mesmo guarda civil municipal, Fábio é uma boa pessoa, mas com esse trânsito junto ao alto escalão, às vezes fica prepotente.

Entre os companheiros de farda, existe a certeza de que Fábio se apresente no decorrer da semana, sem no entanto fixar uma data.

O caso

Por volta das 22h40 de quinta-feira (1), o guarda civil municipal, que é apelidado de Caveirinha, passou na Base da GCM (Guarda Civil Municipal), localizada na Avenida Ernesto Geisel, e chamou um colega de trabalho para ir com ele até o bar comprar bebidas para a comemoração de seu aniversário.

No local, os suspeitos encontraram um homem com quem Fábio tinha uma desavença. O guarda entrou no estabelecimento comercial e começou uma briga generalizada. Após a confusão, Fábio voltou para a Base da GCM e convenceu Emerson, que estava de serviço, a ir ao bar para ‘dar um susto nas pessoas’. Ele estava com uma pistola e emprestou a arma para Fábio.

O autor chegou ao bar e atirou em Felipe, que não tinha nada a ver com a confusão. Emerson voltou para a base da guarda, onde foi preso e Fábio fugiu.