Gado roubado por quadrilha estaria morrendo por falta de alimento

Os animais devem ser leiloados pela Acrissul

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Os animais devem ser leiloados pela Acrissul

Parte dos bovinos furtados em março deste ano, por uma quadrilha, estaria morrendo. Aproximadamente 300 cabeças de gado foram recolhidas pela polícia e parte dos animais foi devolvida aos respectivos donos.

De acordo com o delegado Fábio Peró, da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), algumas cabeças de gado não tiveram os proprietários identificados. “Os animais que conseguimos identificar, nós devolvemos, mas alguns estão com a marca borrada ou tem várias marcas”, afirma.

Ainda segundo o delegado, o gado está sendo mantido em uma propriedade privada, que não teve o nome divulgado. “Desde a apreensão, o gado está no mesmo lugar. Os animais recebem algum cuidado, mas estão passando fome e morrendo, por isso a necessidade da urgência do leilão dessas cabeças de gado”, revela Peró.

O delegado ainda espera que a venda das cabeças de gado ocorra até o fim de julho, visto que os animais foram recolhidos há pelo menos quatro meses.

Em contato com o assessor de comunicação José Roberto, da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), a equipe do Jornal Midiamax foi informada de que ainda não há data prevista para que os animais sejam leiloados. “O juiz determinou o leilão do gado, mas ainda não há data definida”, afirmou.

O assessor também afirmou que o juiz da 5ª Vara Criminal de Campo Grande havia determinado que os acusados pelo roubo, que tiveram pedido de habeas corpus cedido nesta semana, cuidassem dos animais. “É como colocar a raposa pra cuidar das ovelhas. A Acrissul entrou no caso e o juiz acabou voltando atrás e determinando a venda dos animais”, disse.

O dinheiro arrecadado com o leilão dos bovinos será depositado em uma conta judicial. Assim que os donos reconhecerem a falta dos animais e entrarem em contato com os responsáveis, o montante será entregue a eles.

Habeas corpus

O advogado responsável entrou com o pedido de habeas corpus no dia 8 de julho, sob a alegação de os interessados estarem sofrendo constrangimento ilegal, por causa do excesso de prazo, uma vez que eles estariam cumprindo prisão preventiva há quatro meses. O próprio juiz que cuida do caso foi tido como o responsável pelo constrangimento, pela demora na decisão judicial do caso, e concedeu a liberdade provisória aos 10 suspeitos.

Responderão pelo crime de abigeato, roubo ou furto de gado, em liberdade, Hélio Ângelo dos Santos, Dilson Aparecido Almada, ambos de 38 anos, Odair José Morais, Luiz Fernando de Oliveira Faria, Eliton Pereira Souza, de 26 anos, Ronaldo Ribeiro Melo, de 25 anos, Márcio Antônio Morais, de 24 anos, Elias Gomes de Sena, de 52 anos, Leandro Sanches, de 18 anos e Marcos Leandro Morais, de 28 anos.

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