Em meio a protestos nas ruas, Choque da PM fica mais uma vez sem viaturas

Sejusp promete resolver ‘em definitivo’ problema que atinge força especial da polícia

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Sejusp promete resolver ‘em definitivo’ problema que atinge força especial da polícia

Às vésperas de uma manifestação que promete levar milhares às ruas de Campo Grande, o Batalhão de Choque da Polícia Militar estaria, novamente, sem viaturas para atender às ocorrências. O problema não é novo: foi noticiado pelo Jornal Midiamax várias vezes, a última delas menos de 15 dias atrás.

Segundo a denúncia recebida pelo Jornal Midiamax, na sexta-feira (13) não havia viaturas do BPChoque em funcionamento. Os veículos estariam ‘baixados’ em oficinas, isto é, fora de operação por conta de algum defeito.

No mesmo dia, manifestação em favor do governo de Dilma Rousseff (PT) reuniu 1,5 mil pessoas no centro da cidade. No domingo (15), estão marcados protestos contra a petista em todo em país e, inclusive, em Campo Grande.

A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) divulgou nota informando que vai reforçar o policiamento ostensivo e ações repressivas nos locais de concentração e trajeto das manifestações populares. Foi informado que haverá policiamento de várias corporações, inclusive do BPChoque.

Por outro lado, foi informado ao Jornal Midiamax que alguns dos defeitos não seriam problemas difíceis de resolver. São falhas como falta de troca de óleo, sirene que não funciona, coisas que poderiam ser facilmente reparadas, mas que deixa os veículos parados por muito tempo nas oficinas – a reportagem percorreu oficinas da Capital e flagrou viaturas paradas e também sendo examinadas. 

Segundo a denúncia, devido à falta de viaturas de quatro rodas, quando ainda havia motos em circulação, era necessário pedir apoio às viaturas dos pelotões de outras unidades da Polícia Militar para fazer a condução de presos, por exemplo.

O conserto das viaturas policiais é feita por processo licitatório, por meio de leilão. Em alguns casos, o conserto demora meses.

Outro problema apontado pela denúncia é em relação à qualidade das peças que são colocadas nas viaturas nos consertos. Há substituição de material original por ‘paralelos’.

Segundo apurado, nem sempre há a garantia de a peça ser de qualidade, colocando em risco o trabalho e a vida dos militares. Ao contrário do que é feito em relação a um veículo particular, os PMs que ocuparão as viaturas não podem escolher, previamente, os componentes a serem usados no reparo. 

No começo deste mês, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), admitiu a falta de viaturas.  Segundo ele, a atual gestão encontrou em torno de 800 veículos policiais parados e, desde que assumiu, determinou a reforma de 274. O tucano ainda sinalizou a possibilidade de locar automóveis para suprir demandas mais emergenciais das forças de segurança.

O aumento da criminalidade também pode estar relacionado à falta de viaturas e da presença ostensiva dos militares nas ruas. Do dia 1º de janeiro até às 16h10, desta sexta-feira (13), foram 1231 boletins de ocorrência registrados pelo crime de roubo. No mesmo período do ano passado foram 936 registros.

Outro lado

O Jornal Midiamax entrou em contato durante com governo do Estado para saber sobre a falta de viaturas.

Leia o comunicado na íntegra:

Com relação aos veículos do BPChoque, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informa que já tomou as providências necessárias e que o assunto está sendo tratado com prioridade máxima entre Sejusp, Governo do Estado e o Comandante da unidade, que já apresentou o tipo e características essenciais dos equipamentos, e que, o problema será solucionado em definitivo, muito em breve.

(Colaboraram Jucyllene Castilho e Yarima Mecchi)

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