Duas possíveis vítimas de erro médico denunciam caso à polícia

Casos aconteceram nos meses de maio e novembro deste ano, na Maternidade Cândido Mariano e na Santa Casa

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Casos aconteceram nos meses de maio e novembro deste ano, na Maternidade Cândido Mariano e na Santa Casa

Duas pessoas que teriam sido vítimas de erro médico compareceram nesta terça-feira (27), à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, para registrar os casos que aconteceram nos meses de maio e novembro deste ano, na Maternidade Cândido Mariano e na Santa Casa de Campo Grande. As vítimas, a artesã Seile Mara Ledesma Martins, de 42 anos, e a assistente de cobrança Fernanda Brites, de 26 anos, foram acompanhadas pela Associação de Vítima de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o presidente da associação, Valdemar Moraes de Souza, os dois casos se tratam de erro médico e após o registro na Polícia Civil serão levados ao MPE (Ministério Público Estadual), ao CRM (Conselho Regional de Medicina) e à OAB MS (Ordem dos Advogados do Brasil).

Valdemar explica que no caso de Seile Mara, o erro médico teria sido identificado já nos prontuários, onde consta que ela teve a bexiga perfurada durante uma cirurgia para retirada de útero. Já com relação a Fernanda, ainda será necessário requisitar a documentação à Santa Casa de Campo Grande.  

Casos

A artesã Seile Mara conta que fez a cirurgia para retirada do útero em maio, na Maternidade Cândido Mariano, e até então não achava que seria uma cirurgia complicada. Durante o procedimento, ela teve a bexiga perfurada e foi necessária outra cirurgia no dia seguinte, mas o caso não foi resolvido. Foi necessária uma terceira intervenção, em outubro, no Hospital do Pênfigo para que ela pudesse voltar à vida normal.

“É um trauma. Fiquei abalada psicologicamente. Eu percebia que as outras mulheres que passavam pela mesma cirurgia saíam e iam embora e eu ficava. Depois que saí [antes da última cirurgia], vivia em hospital”, conta Seile Mara.

A assistente de cobrança Fernanda perdeu a filha Lívia Beatriz, quando a bebê tinha 27 dias de vida. Ela acredita que a morte da filha aconteceu por conta de erros no parto, já que mesmo com dificuldades para nascer, o hospital não fez uma cirurgia de cesárea emergencial. Ela afirma que a recém-nascida aspirou restos do parto e após ficar quase um mês internada, morreu após uma infecção hospitalar.

“Ela não chorou, não nasceu normal. Eles tentam culpar, dizendo que a criança era doente, mas eu fiz todos os ultrassons. Era saudável”, diz Fernanda.  

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