Delator de escândalo sexual que envolve políticos será liberado da cadeia

Fabiano Otero deve ter a prisão domiciliar aceita pela Justiça 

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Fabiano Otero deve ter a prisão domiciliar aceita pela Justiça 

Fabiano Viana Otero, preso desde maio deste ano sob suspeita de ser o mentor do escândalo sexual envolvendo os ex-vereadores Alceu Bueno e Robson Martins e o ex-deputado estadual Sérgio Assis, teve a prisão domiciliar aceita e pode ser liberado do Instituto Penal de Campo Grande ainda nesta quinta-feira (1º).

De acordo com o advogado Amilton Ferreira de Almeida, o benefício foi apenas o cumprimento do acordo feito durante a delação premiada. O combinado era que Fabiano cumprisse a pena em casa depois de prestar depoimentos e ajudar a polícia nas investigações do caso.

Conforme Amilton, depois de liberado do Instituto Penal, fato que deve ocorrer até está sexta-feira (2), Fabiano irá para uma residência, onde o endereço obrigatoriamente será passado à Justiça e só poderá sair de lá com ordem judicial. Ainda conforme o advogado, o cliente deve ser liberado para trabalhar durante esse período.

A ‘colaboração premiada’ para Fabiano, foi o primeiro caso de delação em Mato Grosso do Sul. “A defesa entende que muitos frutos serão colhidos da delação”, afirma Amilton. Ele ainda diz que não há previsão para a pena de Fabiano, mas adianta que a delação pode resultar na prisão de outros envolvidos no escândalo.

Relembre o caso

Robson Leiria Martins foi preso no dia 17 de abril ao ser flagrado no estacionamento de um supermercado extorquindo R$ 15 mil do então ex-vereador Alceu Bueno (sem partido, ex-PSL). O dinheiro seria para impedir a divulgação de vídeos nos quais Alceu aparecia praticando sexo com adolescentes.

O material seria parte de um esquema de exploração sexual das jovens, que registravam os encontros com figuras públicas em câmeras escondidas, para extorqui-los depois.

Após a revelação do caso, que chegou ao conhecimento da polícia, Alceu Bueno renunciou ao cargo de vereador. Além dele, o ex-deputado estadual Sérgio Assis (sem partido, ex-PSB) também foi indicado por favorecimento à exploração sexual no caso.

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