Crianças abandonadas em ponto de ônibus foram encaminhadas para abrigo

Bebê de 1 anos e 4 meses ainda está com a família 

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Bebê de 1 anos e 4 meses ainda está com a família 

Dois dos três irmãos que foram encontrados pela Polícia Militar em um ponto de ônibus da BR-163 no último domingo (21) foram encaminhados para um abrigo e ainda não há previsão para que elas voltem para o convívio familiar. Apenas o bebê de 1 anos e 4 meses ficou ao cuidado da família materna.

De acordo com a conselheira tutelar Andreia Almeida Estevão, desde domingo as crianças de 6 e 4 anos foram levadas para o abrigo e apenas a juíza da Vara da Infância, Juventude e do Idoso, poderá autorizar o recolhimento delas e também determinar com quem elas ficarão.

Ainda conforme Andreia, a avó materna dos irmãos e o pai de um deles foram ouvidos no Conselho Tutelar e demonstraram interesse em ficar com as crianças. No dia do flagrante a Polícia Militar esteve na casa da família e relatou que o local não tinha condições de moradia.

Na data, o delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, que atendeu o caso, destacou que testemunhas e também o menino de 6 anos, confirmaram que não era a primeira vez que as crianças iam até a rodovia para tentar encontrar os pais. “O estranho é que é a primeira vez que atendemos essa família. Recebemos denúncias todos os dias, mas nunca nenhuma ligação sobre essa família”, afirma à conselheira.

Caso

As crianças foram encontradas após denúncias em um ponto de ônibus da BR-163. Elas estavam chorando, sujos e com a roupa molhada. Conforme o registro policial, os irmãos teriam saído de casa à procura da mãe, de 32 anos, em um posto de combustível que fica na rodovia, depois de ficarem sozinhos em casa.

O menino de seis anos informou aos policias onde morava, os militares foram até a casa e não encontraram os pais das crianças, que chegaram logo após e em visível estado de embriagues. O casal se alterou e o pai dos menores, de 21 anos, xingou os policias e foi encaminhado para a delegacia junto com a esposa e as crianças.

O caso foi registrado como abando no incapaz e desacato na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga. E a mulher e o marido foram liberados após pagamento de fiança.