Conselho apenas “sugere” suspensão

 

Segundo informações do conselheiro tutelar, Sérgiomar Gomes Inácio, do Conselho Tutelar de , distante 245 quilômetros da Capital, o poder pátrio da mãe sobre a filha, que acabou engolindo uma pedra de nessa segunda-feira (27), não será destituído.

“Nesse primeiro momento a mãe será atendida pelo Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), que vai fazer o acompanhamento e só depois faremos a análise. Mas, iremos enviar ao Ministério Público uma sugestão de suspensão do poder familiar da mãe”, afirma Sérgiomar.

Nesse caso as crianças ficariam com parentes próximos. Ainda de acordo com o conselheiro a mãe das crianças, uma de 4 anos e outra de 1 ano e 2 meses, foi advertida e será orientada pelo Centro de Assistência Social. “Ela chorou muito e se mostrou bastante arrependida, afirmando que iria mudar já que não queria perder a guarda das filhas”, fala o conselheiro.

De acordo com informações a mãe teria começado a usar drogas aos 15 anos parando quando da primeira gravidez da filha mais velha, de 4 anos. Mas, depois da separação e por causa das dificuldades enfrentadas acabou tendo uma recaída.

Inquérito

Um inquérito policial por tráfico de drogas deve ser instalado pela 1º Delegacia de Polícia contra os pais da criança. Segundo a delegada, Silvia Elaina Girardi na hora do fato a mãe estaria preparando a droga quando a criança acidentalmente ingeriu o entorpecente. O pai da menina está preso por ter fugido do hospital com a criança e ter roubado o prontuário médico, mas também será investigado por tráfico de drogas.

“Quando estava preso, o celular – do pai –  não parava de tocar, com usuários procurando por drogas”, fala a delegada. Ainda de acordo com a delegada a mãe também poderá responder por lesão corporal dependendo do laudo médico, que deverá ser enviado para apuração de alguma lesão gerada por causa do incidente.

 Caso

Uma menina de 1 ano e 2 meses foi transferida na segunda-feira (27) para Campo Grande, após engolir uma pedra de crack. O pai teria levado a criança ao Hospital Regional Álvaro Fontoura de Coxim, mas antes de receber atendimento fugiu do local.

Policiais civis localizaram o pai e mãe, identificada como D.C.M, de 22 anos, que foi levada para o hospital de onde foi transferida para Campo Grande. Já o pai foi encaminhado para a 1º delegacia e responderá pelos crimes por furto de prontuário médico, exposição da criança a perigo, mesmo crime pelo qual a mãe responderá.

A criança permaneceu internada até essa terça-feira (28), quando foi liberada, e de acordo com o boletim médico o estado de saúde da menina é estável, e que os efeitos da droga foram pequenos.