Capitão da PM envolvido em jogatina é preso com arma ilegal e veículo alterado

Capitão já tinha sido preso em 2009 na operação Las Vegas

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Capitão já tinha sido preso em 2009 na operação Las Vegas

O capitão da Polícia Militar Paulo Roberto Xavier, preso em 2009 por envolvimento com uma organização que explorava máquinas caça-níqueis em Campo Grande, voltou a ser detido nesta quinta-feira (13). Desta vez, o militar foi flagrado observando um banco em posse de uma pistola 380 sem registro e uma caminhonete com a placa alterada, na cidade de Bom Jardim, no Maranhão.

De acordo com a delegada Isabella Batalha dos Santos, titular da Delegacia de Polícia Civil da cidade, Paulo foi visto por populares em atividades suspeitas na frente do banco e foi denunciado. No local, a polícia abordou Paulo e Sílvio Renato Maciel, de 49 anos.

Os dois estavam em uma caminhonete S-10 branca, que estava com a placa alterada por um pedaço de fita. Com o capitão foi encontrado ainda uma pistola calibre 380, sem registro. Em depoimento o militar alegou que estava de licença por depressão e foi até a cidade para fazer um favor a um amigo.

“Ele negou que estava observando o banco, mas na máquina fotográfica que estava no carro encontrei fotos da rua do comércio de Bom Jardim e fotos em frente ao banco” afirma à delegada. O capitão acabou preso por posse ilegal de arma de uso permitido e alteração de sinal identificador de veículo.

 “Ainda não sabemos se ele está envolvido com roubo de gado ou assalto a banco”, explica Isabella, que continua as investigações. Paulo foi encaminhado para o Batalhão de Polícia Militar de São Luiz, onde permanece preso.

Operação ‘Las Vegas’

Paulo Roberto Teixeira Xavier foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado por falsidade ideológica, por manter um estabelecimento comercial, o que é proibido para oficial e corrupção passiva.

Na época, ele foi denunciado pelo Ministério Público durante a operação Las Vegas, realizada pela PF (Polícia Federal) e o GAECO (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), como responsável pela logística e segurança da organização que explorava máquinas caça-níqueis na Capital.

O major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho foi apontado como líder do esquema e acabou expulso da corporação. Com a quadrilha foram apreendidos 18 veículos, um avião, 97 máquinas de caça níqueis, R$ 77 mil, US$ 1,7 mil, computadores e notebooks.

Cerca de dois anos depois da prisão, em 2011, o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu habeas corpus ao capitão, que a essa altura já cumpria a pena em regime semi-aberto.  Desde então Xavier aguardava o julgamento em liberdade.