Cão que foi amarrado a carro era de criança e estava morto, diz família

Proprietário do veículo foi ouvido pela polícia

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Proprietário do veículo foi ouvido pela polícia

O cachorro que foi filmado sendo arrastado pelo para-choque de um veículo era, segundo idoso de 65 anos, identificado como dono do carro, de seu filho de 6 anos. Em depoimento, ele disse que o cão fugiu da casa quando o portão foi aberto e a família encontrou atropelado.

O proprietário do carro, que é pedreiro, prestou depoimento na Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), e segundo o delegado responsável hoje pelo caso Elton de Campos Galindo, o cão foi arrastado já morto.

Em depoimento, o rapaz contou que o cachorro, chamado ‘Edy’ é do filho dele, de 6 anos, e que a família tem o animal desde filhote. Na tarde de ontem (21), eles abriram o portão da casa, que fica no Jardim Los Angeles, e o cachorro fugiu. A família tentou chamar o cão, que não voltou. Eles pegaram o carro e foram atrás de ‘Edy’.

Eles encontraram o cão atropelado no meio da rua. Preocupado com o filho ver a cena, o cachorro foi amarrado no para-choque do carro e levado o rodo anel, perto do lixão, onde foi enterrado em um terreno baldio.

O dono justificou que queria “tirar o cachorro do local para evitar acidente, porque tinha bastante buracos na rua”.

Segundo o delegado, o rapaz foi ouvido e liberado. O boletim de ocorrência foi registrado por maus tratos e poluição. A Perícia ainda irá ao local para verificar se há poluição ambiental.

A PMA autuou administrativamente o infrator em R$ 500,00 por maus-tratos e em mais R$ 5.000,00 pela destinação inadequada do resíduo, colocando em risco de contaminação o ambiente.

De acordo com o sargento Anderson Vieira Batista, da PMA, o autor foi encontrado no início desta tarde. Anderson conversou com o filho do homem, que confirmou a história e disse que o cachorro tinha atropelado por caminhão guincho, e “estava sagrando pela boca”.

O sargento disse que o cachorro parecia um cão querido pela família. “Ele tinha carteira de vacinação, parecia que a família cuidava bem dele. O erro foi ele ter amarrado o animal ao carro. Deu para ver que ele enterrou a uns 30 centímetros da terra. Levou pra longe. Isso mostra uma preocupação do dono”, disse.

O autor tem 20 dias levar testemunhas para provar a inocência, ou pagar a multa com desconto de 25%.

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